domingo, 8 de fevereiro de 2015

QUE DELÍCIA DE VERANEIO!




Amanhecer em Torres


O verbo veranear está caindo em desuso, assim como o hábito das famílias passarem as férias nas praias do litoral gaúcho. 
Agora, a maioria das casas de veraneio ficam vazias das segundas até as quintas feiras. Nas sextas começa a invasão: a freeway e a RS-40 congestionam, com motoristas e passageiros querendo chegar o quanto antes em Torres, Capão, Tramandaí, Pinhal,  Cidreira, e curtir ao máximo o fim de semana. Domingo à noite ou segunda-feira de manhã, a mesma corrida, em direção inversa. 
Nas férias, os gaúchos preferem ir às praias de Santa Catarina. Quem pode,  vai ao Nordeste. Quem pode mais ainda vai para Punta del Este ou ao hemisfério norte - Caribe, Cancún, Miami. 
Falar mal do clima e das praias do Rio Grande do Sul virou mania.  Mas veranear  nesta imensa faixa de areia entre o Chuí e Torres tem lá seus encantos. Especialmente num verão como o deste ano de 2015, quente sem exageros, com pouca chuva e, principalmente, vento fracos. 
Todo dia é dia de pescaria, churrasco, banhos num mar de águas limpas e cálidas, sonecas na rede, carteado. Nos fins de tarde, passeios de bike ou caminhadas pela beira da praia.  
Há tempo para ler um livro, conversar com os familiares, os amigos, os vizinhos. Tudo serena e gostosamente, sem correria, sem estresse, sem pagar os olhos da cara. 
Como antigamente...












                                               Um dia de veraneio no Imbé 


  


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

NA ESTRADA




segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

AEROPORTO DE TORRES







A pista asfaltada de 1.500 metros permite a operação de aviões de porte médio. 
O terminal de passageiros é confortável, o estacionamento  amplo. O Aeroporto Regional de Torres tem todos os equipamentos necessários para pousos e decolagens e uma estação meteorológica.  Em julho de 2014 a prefeitura de Torres assumiu a responsabilidade pela manutenção, limpeza e segurança das instalações.  Está tudo "nos trinques". Só faltam... passageiros. 
Construído pelo governo do Estado e inaugurado pelo governador Antonio Britto em 20 de novembro de 1998, o aeroporto seria uma alternativa ao Salgado Filho, de Porto Alegre, no transporte de passageiros e de cargas, atendendo os municípios do Litoral norte do Rio Grande do Sul e do sul de Santa Catarina devido à sua excelente localização, na Estrada do Mar, a 12 quilômetros do centro de Torres. No entanto, nunca teve vôos regulares de empresas aéreas.





Este turboélice com capacidade para 50 passageiros não é de uma empresa de aviação. Pertence a  uma metalúrgica e ficou estacionado no pátio de manobras durante algumas semanas porque o aluguel custa bem bem menos que no aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre. 


Quem mais utiliza o aeroporto é a escola de aviação Realizar, de formação de pilotos para a aviação civil,  que funciona desde 2011 ao lado do terminal de passageiros




Pronto há dezesseis anos, o Aeroporto de Torres continua esperando passageiros que justifiquem a sua construção. 
Olhar para ele dá saudades dos tempos em que ainda se acreditava num futuro melhor para o Rio Grande do Sul. 










sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

QUATRO COISAS QUE NÃO VOLTAM




A pedra atirada,
a palavra dita,
a ocasião perdida,
o tempo passado.





sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

NATAL COLORIDO COM GARRAFAS PET






Garrafas pet, boa vontade e criatividade.  Basta isto para fazer uma belíssima decoração de Natal numa cidade, seja qual for o seu tamanho.
Cada vez mais comunidades de todo o país têm embelezado as suas festas natalinas, com apoio dos administradores municipais, até porque os custos são baixíssimos - nem é preciso reservar verbas no orçamento. A decoração de Belém do Pará é a mais famosa, com verdadeiras obras de arte feitas de material reciclado. 
No Rio Grande do Sul, enfeites coloridos alegram as ruas de Torres a cada final de ano.  Bem que outras cidades - e, por que não,  Porto Alegre - podiam seguir o exemplo da mais bela praia gaúcha. 











Decoração de Natal de 2014 em Torres, RS



 

sábado, 13 de dezembro de 2014

MORRETES, PARANÁ


Pequena joia arquitetônica do século XIX, Morretes, assim como Paraty, Tiradentes e tantas outras pequenas cidades do período colonial, teve seu casario preservado por ter ficado à margem do progresso econômico.  
Localizada no pé da Serra da Graciosa, a cidade era parada dos tropeiros que vinham de  Curitiba, 900 metros acima, com produtos do planalto paranaense destinados aos portos de Antonina e Paranaguá,  onde eram embarcados. Os comerciantes de Morretes negociavam com os tropeiros e os lucros permitiram a construção das belas residências e prédios públicos que hoje encantam os turistas. 
Esta boa fase terminou em 1873, quando foi concluída a Estrada da Graciosa. Pavimentada  com paralelepípedos, seguia o traçado da antiga trilha dos tropeiros  e terminava no porto de Antonina, 13 quilômetros adiante. Mas foi a partir de 1885, após a inauguração da ferrovia Curitiba-Paranaguá, que tanto Morretes como Antonina perderam a sua importância econômica. A recuperação só começou na década de 1970 com a exploração do seu potencial turístico.





Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto, inaugurada em 1850





O clima bucólico, os prédios conservados e o cuidado com a conservação das ruas e praças encantam os turistas. 
Quem visita Morretes não pode deixar de saborear o barreado, prato à base de carne cozida típico da região. 



A mesma ferrovia que no século XIX condenou a cidade à decadência hoje traz diariamente  centenas de visitantes. Os trens turísticos saem de Curitiba às 8h e partem de volta da estação de Morretes às 15h. A viagem dura cerca de três horas. 





Vale a pena descer ou subir a Serra da Graciosa por esta estrada inaugurada em 1873. 
Dos 30 quilômetros do percurso através da Mata Atlântica, dez ainda têm a pavimentação original, com paralelepípedos.


Marco inicial da Estrada da Graciosa, junto à BR 101, na Região Metropolitana de Curitiba. 






quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

CURITIBA


Cosmopolita, rica, moderna





Uma cidade limpa, com trânsito e transporte coletivo organizados, um povo bem-educado e hospitaleiro, hotéis, teatros, shoppings, bares e restaurantes para todos os gostos e exigências. Onde qualquer europeu, norte-americano ou brasileiro,  é claro, se sente em casa.  A capital do Paraná é isso. 
Ponto de parada de tropeiros, a partir de 1870 Curitiba passou a receber imigrantes poloneses, italianos, alemães e, no início do século XX, japoneses. Em 1975, uma geada absurdamente forte queimou as lavouras de café e  boa parte dos 2,5 milhões de trabalhadores rurais do interior do estado vieram para a capital em busca de trabalho.
 Uma sucessão de excelentes administradores, no Estado e na capital, mudou a feição de Curitiba, e ela subiu rapidamente na pirâmide das capitais com o melhor IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano  Municipal - do país. Hoje ela é a terceira, atrás de São Paulo e de Brasília. Mas para quem busca qualidade de vida, ela é, sem dúvida, a primeira. 





O transporte coletivo tem qualidade 



Quase todos os táxis são grandes e novos. Quase todos os taxistas são bem-educados e aceitam cartões de crédito. 



Uma pedreira abandonada é cenário para uma casa de espetáculos para 2.400 pessoas, o Teatro Ópera de Arame. Tem estrutura de tubos de metal e teto de policarbonato transparente. 
Inaugurado em 1992, o teatro é cercado por mata nativa, e em seu lago podem ser vistas carpas e outros peixes. 




O nome oficial é Museu Oscar Niemeyer, mas os curitibanos, por motivos óbvios, o apelidaram de Museu do Olho. 
O projeto tem a marca futurista de Niemeyer, e foi inaugurado em 2001. Em seus 35 mil metros de área construída tem exposições de artes visuais, cursos e oficinas.  Tem também um centro de documentação e pesquisa, tudo gratuito e aberto ao público. 
No seu acervo podem ser vistas, além de obras de pintores paranaenses, quadros de Tarsila do Amaral, Andy Warhol, Portinari e Di Cavalcanti. São mais de três mil peças. O número de visitantes impressiona: mais de dois milhões desde 2013, quando foi iniciada a contagem. 








São oito grandes shoppings, onde não falta  nenhuma das mais famosas grifes nacionais e internacionais: Luis Vuiton, Tiffany, Benetton, Prada, Daslu, Kipling, Versace, Armani, Valentino. 
Nas praças de alimentação, além dos burgers e pizzas, iguarias da cozinha tailandesa, árabe, japonesa ou mineira.
 Até o prosaico cachorro quente é feito com requinte. 




Tecidos sofisticados, como a seda pura? Uma raridade, mesmo em capitais brasileiras. 
 Aqui tem, na loja Phoenix. 



Livros e discos usados e novos, numa loja ampla e organizada? 
Aqui tem, no brechó Fígaro.



Maior atração turística da cidade, o Jardim Botânico é também uma área de lazer muito frequentada pelos moradores. Atrás de jardins de linhas simétricas, uma estufa gigante em estilo art nouveau inspirado num palácio de Cristal que existiu em Londres no século XIX  protege as plantas tropicais do frio do inverno.  



A rua 24 Horas poderia mudar o nome para 12 horas: ao anoitecer quase todos os bares, restaurantes e lojas fecham por falta de segurança. 
Afinal, Curitiba fica no Brasil. 




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