domingo, 6 de julho de 2025
A VEZ DE OSÓRIO
sábado, 28 de junho de 2025
O TEMPERO DA VIDA
quarta-feira, 18 de junho de 2025
sexta-feira, 13 de junho de 2025
GRATIDÃO, PALAVRA VÃ
Há alguns anos, o Lord, nosso cachorrinho, comeu algo que lhe fez mal, muito mal. A veterinária de Imbé disse que nada poderia fazer por ele, e insistiu para o levarmos para uma clínica de Porto Alegre, com maiores recursos. Foi o que fizemos.
Ele foi medicado e se recuperou. Liguei para a dra. Marília para manifestar a minha gratidão por ter salvo a vida do cusquinho.
Surpresa, ela disse: "Tu acredita que foi a primeira vez, em tantos anos de clínica, que me acontece isto?"
Este é apenas um em tantos casos que vejo por aí. A falta de cordialidade, respeito, de consideração, se tornou um comportamento normal. Infelizmente.
Agradecer, pedir desculpas e até mesmo cumprimentar alguém são gestos cada vez mais raros.
"Gratidão", palavra tão usada nas redes sociais, tem pouco significado nas relações humanas. Especialmente entre os jovens.
domingo, 8 de junho de 2025
sábado, 17 de maio de 2025
ELES NÃO OUVEM BEETHOVEN
O que será que faz um funcionário público graduado - policial, Procurador, juiz, desembargador - a aceitar propinas para favorecer bandidos, correndo o risco de jogar na lata de lixo a sua carreira, a sua honra, o respeito que tinha de sua família, de seus amigos? É difícil de entender.
Al Pacino, em sua autobiografia, dá uma pista. Contratado para fazer o papel de Serpico, filme dirigido por Sidney Lumet sobre a história do policial Frank Serpico, que denunciou um esquema de corrupção na polícia de Nova York, Al entrevistou o seu personagem e perguntou:
- Frank, por que você não aceitou aqueles subornos?
- Ah, se eu fizesse isso... quem eu seria quando ouço Beethoven?
segunda-feira, 5 de maio de 2025
UM JANTAR INESQUECÍVEL*
Chegamos a Pasto, uma pequena cidade sombria e gelada (2.500 metros de altitude) do sul da Colômbia no meio da tarde. Não ganhei nada cantando na praça, mas um grupo de suecos que morava lá nos convidou para ir até a casa deles. Queriam ouvir mais música brasileira e conversar sobre o Brasil. Acabamos dormindo lá.
No dia seguinte passei o dia cantando, e nada. Os colombianos até paravam para ouvir, mas não deixavam nem uma moedinha na caixa do violão, apesar dos apelos do Pedro para que nos ajudassem a chegar a Bogotá.
Voltamos para a casa dos suecos (quatro rapazes e duas moças, que faziam lá um trabalho social) cansados e famintos. Ficamos batendo papo e lá pelas tantas ouvi movimento na cozinha. Era a Birgitta pícando cebola e alho poró, enquanto o macarrão fervia. Não demorou a chegar o jantar: macarrão misturado com atum e cebola crua. A primeira refeição em dois dias. Uma delícia!
Tempos depois, já de volta a Otavalo, no Equador, onde morávamos, apareceu a Birgitta. Havia se encantado pelo Pedro, e namoraram alguns dias até ela seguir viagem de volta para a Suécia.
* Em memória de Pedro Port, grande amigo, parceiro desta e tantas outras aventuras, falecido em Florianópolis no dia 10 de março deste ano, aos 85 anos