quinta-feira, 28 de abril de 2011

BELAS TARDES DE ABRIL NO CASSINO


Uma caminhada à beira-mar, uma sessão de cinema, um jogo de bocha ou simplesmente tomar chimarrão num banco da avenida Rio Grande. No Cassino, em Rio Grande, não faltam motivos para relaxar numa tarde ensolarada de outono.


BELAS TARDES DE ABRIL






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BELAS TARDES DE ABRIL











Crianças, jovens, velhos, famílias. Há espaço para todos na avenida Rio Grande.







BELAS TARDES DE ABRIL






segunda-feira, 18 de abril de 2011

TITANIC E OUTROS NAUFRÁGIOS













O excelente filme Titanic (1997) envolve os espectadores no clima da viagem e, depois, nos horrores do naufrágio ocorrido na noite de 14 de abril de 1912, especialmente se for visto numa tela de cinema. No filme há ainda o romance entre dois passageiros, vivido por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Mas a exposição Titanic, Objetos Reais, Histórias Reais, que iniciou em em Porto Alegre uma temporada em capitais brasileiras, causa um impacto muito maior. São fotos, vídeos e 200 objetos do navio e dos passageiros, resgatados em sete expedições realizadas entre 1987 e 2004 — os restos do navio foram encontrados em 1985, a quatro mil metros de profundidade.




Muito além de simplesmente expor os objetos, os organizadores da exposição trataram de envolver os visitantes na atmosfera da viagem. As primeiras salas recriam o clima no interior do navio, com seus salões luxuosos, as cabines de primeira e de terceira classes, as taças, talheres e louças dos restaurantes e até pedaços de pisos dos banheiros e do casco do navio, que pode ser tocado. A iluminação e a música colaboram para que o impacto seja maior.




Na fase seguinte, a música é substituída pelo barulho da casa das máquinas. Um enorme pedaço de gelo em forma de iceberg se destaca na semi-escuridão. Mas sair daquele ambiente opressivo não significa alívio: é a vez de caminhar entre objetos pessoais dos passageiros mortos: roupas, jóias, cartas, documentos, fotos, material de trabalho e notas de libras e dólares, que puderam ser recuperados depois de mais de oito décadas no fundo do mar.




A mudança é brutal: da expectativa de uma viagem inesquecível no melhor e mais luxuoso navio jamais construído à morte por hipotermia ou afogamento, nas águas gélidas do Atlântico Norte, a 900 milhas do porto de Nova York.
A mostra itinerante - há uma permanente em Las Vegas - já foi vista por mais de 22 milhões de pessoas em 85 cidades ao redor do mundo. Tanto interesse em torno de um fato ocorrido há quase cem anos pode ser explicado por este não ter sido apenas mais um acidente com centenas de vítimas. Assim como o iceberg que se encontrava na rota do navio, igualmente fatais foram a arrogância dos armadores, que se jactavam de ter construído um modelo "insubmergível", sua irresponsabilidade, ao darem prioridade à estética em vez de colocarem botes onde coubessem todos os 3.547 passageiros e tripulantes e não apenas 33 por cento deles, e a ganância: na pressa de zarpar o quanto antes, pois uma greve de mineiros de carvão havia paralisado toda a frota mercante nos portos ingleses, foram esquecidos os binóculos que permitiriam aos tripulantes de plantão naquela noite enxergarem a montanha de gelo a tempo de desviar dela e evitar o afundamento.




Arrogância, irresponsabilidade, ganância. Como nas vidas de tantas pessoas que transformaram sonhos em desastres muitas vezes sem volta.





A ilustração é a entrada para a exposição, cópia de um "boarding pass" da viagem inaugural do Titanic.



domingo, 10 de abril de 2011

PEDAÇO DE CÉU





Os fins de semana de sol e calor em Porto Alegre, como em qualquer outra grande cidade que não tenha praia, têm poucas opções de lazer. Aos sábados, ir ao shopping, aos domingos ao brique da Redenção, o Parcão, o Parque Marinha. Nas cidades do interior, não há nem cinemas, teatros, shows.

É difícil entender por que 99 por cento das casas de praia do litoral gaúcho ficam fechadas. São no máximo duas horas de viagem, e a paisagem, o ar puro, o silêncio, compensam de sobra o esforço de pegar a estrada.

Em vez do "pedaço de céu" de um shopping superlotado, por que não uma caminhada pela praia?



segunda-feira, 4 de abril de 2011

LAS BODAS DE LA DUQUESA DE ALBA

Na Espanha, só se fala nisso: a duquesa vai se casar. O assunto é pauta obrigatória para tevês, jornais, blogs e revistas de variedades, e ela sempre tem algo para ser noticiado e comentado. A duquesa de Alba comparece a todos os eventos sociais importantes, como a recente visita do Príncipe Charles e Camila à Espanha, mas até um passeio com amigas é motivo de curiosidade de fotógrafos e cinegrafistas. O casamento de uma personalidade da nobreza européia não seria notícia se María del Rosario Cayetana Alfonsa Victoria Eugenia Francisca Fitz-James Stuart y de Silva não tivesse 85 anos recém completados, e não fosse dona de uma das maiores fortunas da Espanha formada por palácios, áreas agrícolas, propriedades imobiliárias, sociedades, ações em bolsas de Valores e uma extraordinaria coleção de arte. O valor disso tudo é calculado em 600 milhões de euros. Seus 34.000 hectares de terra equivalem a mais de 170 vezes o Principado de Mônaco... Comparada a Lady Gaga - as duas nasceram no mesmo dia, com 60 anos de diferença - pelo seu temperamento extrovertido e a maneira extravagante de se vestir, Cayetana herdou a personalidade forte de seus ancestrais, forjada em mais de seiscentos anos de serviços à realeza espanhola. O noivo de Cayetana de Alba é o funcionário público e dono de uma empresa de Relações Públicas Alfonso Díez Carabantes. Apesar não ser exatamente um pobretão, há quem diga que Alfonso, solteirão de 60 anos, está interessado na fortuna da noiva, viúva depois de dois casamentos felizes. "É inveja", rebate ela nas raras entrevistas. "Meu noivo só quer a mim." O namoro começou há dois anos, e imediatamente os seis filhos da duquesa, todos do primeiro casamento, se posicionaram contra. O próprio rei Juan Carlos teria tentado demovê-la da idéia de se casar. Mas ela teimou e não rompeu o namoro. 
As núpcias da duquesa, no dia 5 de outubro de 2011, foram um dos mais importantes acontecimentos sociais do ano na Europa, somente comparável às do príncipe britânico William. Afinal, quando casou pela primeira vez, em outubro de 1947 (foto acima), os jornais da época descreveram seu casamento como "o mais caro do mundo". Ofuscou o da então princesa Elizabeth, celebrado em novembro, bem mais modesto não só pelo temperamento dos britânicos mas pelos problemas que ainda persistiam no país devido aos estragos causados pela recém encerrada Segunda Guerra Mundial.

A Duquesa de Alba e seu jovem noivo, numa das raras aparições em público.


Hospitalizada no domingo, dia 16/11/2014, com pneumonia, a Duquesa morreu nesta quinta-feira, dia 20,  aos 88 anos, no Palácio de Dueñas, em Sevilha, a cidade andaluza onde vivia.


OUTONO




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