quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

SÉRGIO KREPSKY (1943-2016)



As amizades mais sólidas, em geral, são aquelas da juventude. Aquelas besteiras como o primeiro porre, o carro tomado "emprestado" do pai para uma escapada noturna, as paixões compartilhadas em papos segredados, as primeiras viagens. Memórias que permanecem e solidificam a relação, mesmo que se passem anos sem se encontrar.
Com o Sérgio foi diferente: já estávamos aposentados quando nos conhecemos.  Ele e a Malu, amiga e colega de muitos anos,  passavam, como eu e a Lais, a maior parte do tempo na casa da praia, no Imbé, e desde os primeiros encontros já éramos como velhos companheiros. 
Almoços, jantares e visitas se tornaram constantes e prazerosos, na casa deles, na nossa, em restaurantes da região. Discreto,  generoso, bem-humorado, de gosto requintado,  o arquiteto e professor universitário Sérgio Krepsky ganhou,  de nós, o título carinhoso de Conde
Foram poucos anos de convivência, mas nos marcaram profundamente. Uma grande pena que tenha nos deixado tão cedo.

Conde Krepsky,  um ser humano especial.
Um fidalgo, um gentleman, uma alma nobre.



O casal Sérgio Krepsky e Maria Luiza Kruel Borges (Malu) em um de tantos
 momentos de felicidade



terça-feira, 20 de dezembro de 2016

FLAMBOYANTS








Com seu vermelho/coral, os frondosos flamboyants se impõe entre os edifícios do bairro Petrópolis, em Porto Alegre.



domingo, 18 de dezembro de 2016

A LA PLAYA


Porto Alegre, 38 graus à sombra. 
Que maravilha pegar a free-way rumo ao Litoral. 
Sim, as praias gaúchas, com exceção de Torres, não tem encantos como baías e mar de águas cristalinas. Mas a brisa fresca, o ar puro, as noites silenciosas e, de vez em quando, um banho de mar, compensam. 
Tudo a menos de duas horas de viagem.




quinta-feira, 24 de novembro de 2016

INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ


ONDE TODA A NOITE É NATAL



Esta cena se repete todos em todos fins de tarde, nos 85 anos de existência do albergue do Instituto Espírita Dias da Cruz. São homens e mulheres que não tem onde dormir, estão cansados e famintos. Seja qual for a razão ou o tempo que necessitarão do abrigo, serão recebidos com um banho, jantar, uma cama e, no dia seguinte, café da manhã. 
Nestas mais de oito décadas de funcionamento, só uma vez, no final de 2009, o albergue, assim como a creche que atende filhos de famílias carentes, esteve na iminência de fechar.   
O Instituto acumulava uma dívida de R$ 90.413,00. A diretoria decidiu apelar para o colunista Paulo Sant'Ana: mandou uma carta relatando o drama que a instituição vivia, e as consequências do fechamento do abrigo para tantas pessoas que tem ali um último recurso para se alimentar não passar a noite na rua.
Sant'Ana publicou a carta em sua coluna no jornal Zero Hora e fez um apelo pedindo ajuda. "Em dois meses a dívida estava paga", conta Eder Cardoso, que naquele ano assumira a direção financeira do Instituto. 
Contabilista, Eder reorganizou as finanças e depois, como presidente, comandou a reestruturação do Dias da Cruz. 
Para sustentar o abrigo e a creche foram criadas várias formas de contribuição, como os carnês para pagamento com código de barras e depósitos com transferências eletrônicas. 
Qualquer doação é valiosa e será aproveitada na manutenção do abrigo e da creche ou para a venda no brechó: roupas, alimentos, material de limpeza e de higiene e tudo aquilo que não é mais usado e ainda tem utilidade. 






Fundado em 1907, o Instituto Dias da Cruz, localizado na avenida Azenha, esquina com a Ipiranga, abriu um albergue em 1942.  Abriga 62 homens e 38 mulheres todos os dias do ano.  
O Instituto oferece atendimento espiritual, vende produtos doados no brechó e tem uma livraria. 
Conta com o trabalho voluntário de quase 800 pessoas, e tem 43 funcionários contratados.




A Escola de Educação Infantil Casa do Pequenino dá alimentação e lazer gratuitos para  120 crianças de 4 meses a 6 anos.
 Muitas mães, em troca, fazem trabalhos voluntários na instituição. 



A caridade é uma das melhores virtudes do ser humano 
e um dos princípios básicos de todas as religiões. 


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

COVA TRISTE




Na BR 101, município de Paulo Lopes, em Santa Catarina, uma placa chama a atenção: "Ponte sobre o rio Cova Triste".  
Me pongo a llorar... 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ANDREA BOCELLI, O ENCANTADOR DE MULTIDÕES




Show do tenor italiano Andrea Bocelli,  no Allianz Parque, de São Paulo, no feriado de 12 de outubro de 2016. Meio ano antes os ingressos para o show já estavam todos vendidos. 
Vieram fãs de todo país, a maioria com mais de 50 anos. 


Como em todos os eventos em estádios, neste também teve muita gente chegando atrasada, cadeiras tiveram que ser arranjadas às pressas para acomodar os que não conseguiam localizar os seus lugares. 
Como  num jogo de futebol, a ansiedade pelo início do show era visível em todos os rostos.




Três telões  permitiam uma visão do palco aos que estavam no meio do campo e nas arquibancadas. 








Bocelli cantou alguns trechos de óperas famosas, algumas árias sacras e músicas de filmes. Ao fim de cada uma delas, aplausos e gritos. 
Foi uma celebração à boa música e ao talento de um homem que, com sua voz, encanta multidões em todo o mundo.




Quando Anitta foi anunciada pelo maestro, houve algumas vaias.  
Mas ela cantou bem e foi aplaudida no final.





Uma noite inesquecível. 
Um dos shows da minha vida.

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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

MARES BRAVIOS NO ATLÂNTICO SUL



Plataforma de pesca de Tramandaí


Praia de Tramandaí



Surfando no rio Tramandaí





E o mar lambe as dunas do Imbé

sábado, 22 de outubro de 2016

UM PAÍS CHAMADO SÃO PAULO



Visto da janela do avião, o Rio de Janeiro é deslumbrante - mar, montanhas, matas e praias enchem os olhos e emocionam até aqueles que moram lá ou visitam a cidade frequentemente. Mas o encantamento some ao desembarcar.
Em São Paulo é o contrário: ver de cima aquela imensidão de prédios, com raros espaços verdes, causa desconforto - de onde sai água para tanta gente? E o esgoto, a poluição do ar?
 Como é alguém pode viver nesta floresta de concreto?




A aproximação do aeroporto de Congonhas, com o avião raspando o alto dos edifícios, chega a assustar. Mas depois de chegar, vemos que o monstro não é tão feio assim. Apesar dos problemas causados pelo seu gigantismo, São Paulo é uma uma cidade organizada, onde tudo funciona razoavelmente. O paulistano é, em geral, bem educado e amável.
Começando pelos taxistas. Ao embarcar e informar o seu destino, ele provavelmente usará o GPS para tomar a melhor rota. E muitos anos antes do GPS e do Uber a cortesia e a eficiência dos motoristas de táxi de São Paulo já me chamavam a atenção. Assim como nas lojas, no mercadinho, na padaria, no hotel, no balcão do cafezinho. 




Alameda José Maria Lisboa, esquina com avenida Pamplona, no Jardim Paulista. 
Bares, restaurantes, lojas, hotéis, padaria, farmácia 24 horas, lotérica, salão de beleza e muito mais. 
Clima de cidade do interior. 





Perto daqui estão o MASP,  o parque do Ibirapuera, a Oscar Freire e os mais badalados shoopings.





As antenas das tevês sobressaem  na paisagem. Várias emissoras - Band, Globo (foto), Gazeta - têm suas antenas na avenida Paulista. 









 








A força da grana que ergue e destrói coisas belas (Caetano Veloso, na música Sampa) está presente em toda a cidade - helicópteros que cruzam o céu, edifícios imponentes, um sistema integrado de metrô/ônibus/trens, dezenas de teatros, museus e universidades. 
A gastronomia e os serviços estão à altura de qualquer metrópole norte-americana ou européia. 
Além da Região Metropolitana de 20 milhões de pessoas, há no interior de São Paulo cidades com população e riqueza maiores que algumas capitais brasileiras como  Campinas e Ribeirão Preto. As estradas são, na maioria, muito boas. 
Na capital e no interior se sente a energia, a criatividade e a vontade de progredir que caracterizam os países mais avançados. 
São Paulo, sim, poderia ser um país, com todas as contradições de uma nação do terceiro mundo, onde a opulência e a miséria convivem lado a lado. 




O POVO DE PORTINARI



Era para ser apenas um almoço no restaurante do MASP. Foi muitíssimo mais. 
Uma exposição com 50 telas de Cândido Portinari. O tema da mostra, Portinari Popular, são obras que retratam trabalhadores - especialmente das lavouras de São Paulo - e cenas pungentes de retirantes do Nordeste. A única exceção é um retrato de Mário de Andrade. 



OS RETIRANTES

Não há como não se comover diante de uma do cena destas - uma família de retirantes, com todos os pertences num saco sobre a cabeça da mãe.




domingo, 16 de outubro de 2016

IGREJA NOSSA SENHORA DO BRASIL, SÃO PAULO


                                 


Escolhida para os casamentos da maioria dos ricos e famosos paulistas, a igreja, localizada no Jardim América, um dos bairros paulistanos conhecidos como Jardins, tem estilo colonial, inspirado nos templos das cidades históricas mineiras. O autor do projeto arquitetônico, Bruno Simões Magro, era professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. 
Foi inaugurada em 1956, depois de 14 anos de obras, com recursos reunidos por empresários da cidade e suas esposas.  



Ao entrar na igreja, o teto, decorado com belíssimos afrescos que retratam passagens da Bíblia, chama a atenção









Antonio Paim Vieira, autor dos afrescos, era também ceramista, e seus azulejos decoram os altares secundários e a sacristia 









O céu desenhado no teto da nave em frente ao altar retrata a posição dos astros e estrelas na noite 8 de Novembro, quando é celebrada a Natividade de Maria



É tanta paz, tanta beleza, que na hora ao sair a alma fica leve