As amizades mais sólidas, em geral, são aquelas da juventude. Aquelas besteiras como o primeiro porre, o carro tomado "emprestado" do pai para uma escapada noturna, as paixões compartilhadas em papos segredados, as primeiras viagens. Memórias que permanecem e solidificam a relação, mesmo que se passem anos sem se encontrar.
Com o Sérgio foi diferente: já estávamos aposentados quando nos conhecemos. Ele e a Malu, amiga e colega de muitos anos, passavam, como eu e a Lais, a maior parte do tempo na casa da praia, no Imbé, e desde os primeiros encontros já éramos como velhos companheiros.
Almoços, jantares e visitas se tornaram constantes e prazerosos, na casa deles, na nossa, em restaurantes da região. Discreto, generoso, bem-humorado, de gosto requintado, o arquiteto e professor universitário Sérgio Krepsky ganhou, de nós, o título carinhoso de Conde.
Foram poucos anos de convivência, mas nos marcaram profundamente. Uma grande pena que tenha nos deixado tão cedo.
Conde Krepsky, um ser humano especial.
Um fidalgo, um gentleman, uma alma nobre.
momentos de felicidade