quinta-feira, 20 de abril de 2017

PARA ONDE FORAM OS PATOS DO IMBÉ?









No livro"O Apanhador no Campo de Centeio", clássico de J.D.Salinger, o narrador indaga, sem nunca obter a resposta, "para onde vão os patos do Central Park no inverno, quando o lago congela?"

Pois desde o último verão os frequentadores da praça que cerca o lago do Braço Morto do Imbé, um dos mais belos cenários do balneário, se perguntam para onde foram os patos que viviam ali, em perfeita harmonia com o ambiente: tinham água e comida à vontade, e eram atração para crianças e adultos.  A cada poucas semanas novas ninhadas de patinhos desfilavam, exibidos pelos orgulhosos papais e mamães. Na praça havia também pavões,  faisões, galinhas de angola e outras aves, mas estas ficavam em viveiros e eram cuidadas por um funcionário da prefeitura.
Em outubro de 2016 ladrões arrombaram a casinha do zelador e levaram instrumentos de trabalho e até os alimentos dos animais. Depois os patos começaram a sumir, sempre de madrugada, quando não há vigilância.  As aves dos viveiros também. Restam, agora, dois ou três patinhos.
Para onde foram levados? Como não há no cardápio de nenhum restaurante na região algum prato com carne dessas aves, a hipótese mais provável é que tenham ido parar nos quintais das vilas do município. Ou, como disse o Ouvidor da prefeitura, "nas panelas".




O  lago do braço morto é um resquício do rio Tramandaí, que, antes da construção do cais e dos molhes da barra, corria paralelamente ao mar em direção ao norte  por cerca de dois quilômetros até  desaguar
 Proprietários das casas do entorno, na maioria comandantes da Varig, ajudaram a prefeitura a urbanizar a área, que se tornou um ponto de encontro de veranistas, e, principalmente, moradores. Tem pedalinhos,  quiosques e um parque infantil. Para quem gosta de pescar,  no lago há tainhas e outros peixes. 



Para onde foram os patos????