quarta-feira, 27 de junho de 2012

FUBICAS





Nas cidades do Interior é comum ver carros 20, 30 anos de uso rodando em perfeito estado de conservação. Os carros são consertados, motores reformados, a lataria chapeada. Os Chevettes, Gol, Brasília,  Corcel e fusca andam até virarem ferro-velho.


Em capitais como Porto Alegre, especialmente em bairros de classe média/alta, é normal se encontrar veículos relativamente novos abandonados nas ruas. Este Fiat Tipo e o VW Santana estão há meses na rua Amélia Telles, bairro Petrópolis.  

domingo, 24 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ATÉ AQUI, TUDO BEM

No primeiro dia de inverno, tempo bom, mar de águas claras e temperatura de 21 graus na praia de Tramandaí.

domingo, 17 de junho de 2012

DESPERDÍCIO



Quanto custou construir e equipar os prédios que fazem parte do posto da Polícia Rodoviária Federal  na BR 290 em Gravataí, abandonados há dois meses? Este triste exemplo de desperdício de dinheiro público - o nosso, dos impostos que pagamos - é um choque para quem passa pela Free Way Porto Alegre-Osório e que tinha alí uma referência, um ponto de apoio, de proteção, numa das mais importantes vias de acesso e saída da Região Metropolitana de Porto Alegre.  Os quatro policiais rodoviários baseados no local foram transferidos para lugares onde, segundo o responsável pela PRF no Rio Grande do Sul, são mais úteis. É um atestado de irresponsabilidade  e incompetência impossível de aceitar.


 Esta era a "Casa da Imprensa", construída para que repórteres mandassem seus informes. Está abandonada há anos.


Antenas de radiocomunicação, agora inúteis.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

DAR, RECEBER, RETRIBUIR


Todas as religiões pregam a compaixão, o amor ao próximo, a generosidade, a caridade. Mas receber um  presente, uma ajuda, é, muitas vezes, causa de ressentimento. A pessoa que recebe se sente inferiorizada, humilhada,  e chega a sentir raiva do benfeitor,  por mais necessitado de apoio que esteja. Quem dá, esperando um agradecimento, nem que seja um sorriso,  acaba frustrado. Não consegue entender como um gesto de grandeza, de despreendimento, possa gerar uma reação oposta ao que seria natural.

Paradoxalmene, foi  entre habitantes da Polinésia e indígenas do noroeste americano que os pesquisadores das relações humanas vislumbraram, no século 19, sociedades onde o gesto de dar e receber era praticado com naturalidade e alegria. Nessas comunidades primitivas, a dádiva e a retribuição do presente recebido era uma forma de troca de energia,  parte do código de honra de cada pessoa.  
 Em  Ensaio sobre a Dádiva (no original, Essai sur le don), o antropólogo francês Marcel Mauss descreve e analisa o fenômeno, num livro editado pela primeira vez em 1923 e que até hoje é leitura obrigatória para os estudiosos de antropologia, sociologia e psiquiatria.
Mauss descreve o costume dos polinésios de deixarem as suas ilhas com as canoas carregadas de presentes para visitar habitantes de outras ilhas. Levavam o que tinham de melhor e mais bonito, de alimentos a objetos de artesanato. Eram recebidos com festas e voltavam com dádivas dos seus vizinhos. Se os visitados não tinham nada a oferecer, ficavam com o compromisso de retribuir numa outra ocasião. Não se travata de comércio, e sim um princípio moral, com o objetivo de estabelecer um sentimento amigável entre as pessoas.  Nenhum presente oferecido podia ser recusado. Todos tentavam ultrapassar-se uns aos outros em generosidade.  Nas ilhas Samoa, nas ilhas Fiji, tudo - comida,  bens, talismãs, solo, trabalho -  eram  matéria de transmissão e de entrega. 
Entre as tribos da costa noroeste da América do Norte, o inverno era um período de festas e confraternização, motivadas pelo potlatch. Em essência, eram três obrigações: dar, receber e retribuir. Durante os longos períodos de frio intenso,  uma tribo deslocava-se até territórios vizinhos para compartilhar com o que a outra tribo havia acumulado em caçadas, pescas e coletas durante o verão. Era uma questão de prestígio para cada chefe oferecer aos visitantes o que tinha de melhor, nem que todas as suas provisões fossem consumidas na demonstração de hospitalidade. Ele sabia que depois seria a vez de seu povo receber o mesmo tratamento.  
Nestes tempos de tanto materialismo, inveja e egoísmo, o exemplo dos aborígenes de séculos passados acaba sendo uma bússola a indicar que as relações humanas não precisam ser assim. Quem sabe, um dia, damos um salto ao passado e reaprendemos a presentear, receber e agradecer  com alegria?


"Os homens generosos e valorosos
têm a melhor das vidas;
não têm qualquer receio.
Mas um poltrão tem medo de tudo;
o avarento tem sempre medo dos presentes."

Estrofe do Havamál, poema da Eda, que reune as tradições lendárias e mitológicas dos povos  escandinavos.

"Recolha um cão de rua, dê-lhe de comer e ele não morderá: eis a diferença fundamental entre o cão e o Homem."
Mark Twain

"Com um sorriso hei de pagar." 
Noel Rosa






domingo, 3 de junho de 2012

MOON OVER BOURBON STREET

                               


There's a moon over Bourbon Street tonight
I see faces as they pass beneath the pale lamplight
I've no choice but to follow that call
The bright lights, the people, and the moon and all
I pray everyday to be strong
For I know what I do must be wrong
Oh you'll never see my shade or hear the sound of my feet
While there's a moon over Bourbon Street

It was many years ago that I became what I am
I was trapped in this life like an innocent lamb
Now I can never show my face at noon
And you'll only see me walking by the light of the moon
The brim of my hat hides the eye of a beast
I've the face of a sinner but the hands of a priest
Oh you'll never see my shade or hear the sound of my feet
While there's a moon over Bourbon Street

She walks everyday through the streets of New Orleans
She's innocent and young from a family of means
I have stood many times outside her window at night
To struggle with my instinct in the pale moonlight
How could I be this way when I pray to God above
I must love what I destroy and destroy the thing I love
Oh you'll never see my shade or hear the sound of my feet
While there's a moon over Bourbon Street



Quando eu vejo uma lua cheia iluminando o céu sem nuvens gosto de ouvir, no volume máximo, esta música do Sting. O CD foi gravado de um disco duplo em vinil que, por uma dica de uma amiga querida, arrematei a preço de banana numa loja do centro de Porto Alegre.  Sting reuniu uma banda de virtuoses e mandou ver. Cada faixa do disco é uma preciosidade.