quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A MEDALHA PROTETORA DE SÃO BENTO





A medalha de São Bento se tornou, especialmente entre as mulheres,  um símbolo de proteção contra enfermidades do corpo e do espírito e uma barreira ao poder do mal. O santo, que viveu de 480 a 547, passou a ser considerado um protetor quando,  no século 17, foram encontradas cruzes com inscrições no mosteiro beneditino de Metten, na Baviera. O significado das letras, iniciais de exortações, advertências e pedidos de auxílio divino criadas por São Bento e difundidas nos mosteiros fundados por ele, só foi completamente compreendido no início do século 20. Desde 1742, quando o papa Clemente 14 autorizou o seu uso, as medalhas se popularizaram. São usadas junto ao peito, em braceletes e em chaveiros. 


Benedetto da Norcia, o Bento de Nórcia ou Núrsia (cidade italiana onde nasceu) foi mandado ainda jovem para estudar leis em Roma. Mas abandonou a cidade pouco tempo depois para viver recluso numa gruta durante três anos. Fundador da Ordem dos Beneditinos, uma das maiores do mundo, criou as Regras, normas éticas, morais e de comportamento utilizadas na vida monástica até hoje por várias ordens católicas. 
Rígido e severo, não admitia que os religiosos caíssem nas tentações da luxúria, da intriga, da inveja e da busca de bens materiais, tão comuns na Igreja de sua época.  Foi, por isso, alvo de acusações e até tentativas de envenenamento por parte de outros frades. Conforme relatos da época, numa delas, uma taça com vinho envenenado se partiu quando ele a abençoou antes de beber.
São Bento era irmão-gêmeo de Santa Escolástica. 
Em 1964 foi declarado protetor da Europa pelo papa Paulo VI.
 Seu dia: 11 de julho
 Seu lema: "Orar e trabalhar. Contemplar e agir". 
 Seu símbolo: a cruz e o arado.




medalha















O significado das inscrições

Em Latim

"Crux Sacra Sihi mihi lux;
non draco sihi mihi dux;
vade retro satana!;
nunquan suad mihi vana;
sunt mala quae libas;
ipse venena bibas"





"A CRUZ SAGRADA SEJA MINHA LUZ".
"NÃO SEJA O DRAGÃO MEU GUIA".
"RETIRA-TE, SATANÁS.”
“NUNCA ME ACONSELHES COISAS VÃS!"
"É MAU O QUE ME OFERECES.”
“BEBE TU MESMO O TEU VENENO!". 








segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ADIÓS, VILARÓ

Eu era apenas mais um turista quando, há 20 anos, fui saudado por Carlos Paes Vilaró ao chegar na Casa Pueblo, em Punta Ballena, a 15 km de Punta del Este, Uruguai. Ele nos levou ao seu atelier, contou como começou a construir a casa, os problemas que enfrentou, o sonho acalentado transformado em realidade. Nos deixou à vontade para conhecer a casa.
Depois fiquei sabendo que Vilaró era mesmo assim: um artista genial, um operário que construiu um conjunto de prédios com as prórias mãos - e a ajuda de alguns amigos fiéis -, um cidadão do mundo, amigo de Vinicius de Moraes e tantos outros músicos, filósofos, cientistas.
Vilaró morreu hoje, 24 de fevereiro de 2014,  aos 90 anos.
Fica esta homenagem a um ser humano excepcional.

No link 
http://clovisheberle.blogspot.com.br/2007/12/casapueblo-escultura-de-villaro.html


 a história de Carlos Vilaró e sua casa de pororó



sábado, 22 de fevereiro de 2014

A SORTE SEGUNDO EPICTETO





"A BOA SORTE, 
COMO UM FRUTO MADURO, 
DEVE SER GOZADA
ANTES QUE SEJA TARDE"

Epicteto, filósofo grego



domingo, 16 de fevereiro de 2014

ITAPEVA, O OUTRO LADO DE TORRES





Pedra chata, na língua tupi, Itapeva é o reverso de Torres, da qual é separada pelos rochedos da Guarita.  Na praia, em vez de edifícios, a paisagem é de dunas e mata nativa. O balneário, uma vila com poucas casas e pousadas e restaurantes modestos situada sete quilômetros ao sul pela beira do mar ou 14 pelo asfalto, nada tem de agitado, nem mesmo no auge do verão. Sua maior atração é justamente a tranquilidade e o mar de águas  transparentes. Quem quer curtir a praia no trecho próximo à Guarita tem que ir de carro e levar guarda-sol, bebidas e lanches, pois não há nenhuma estrutura por perto.  




O que salvou Itapeva da especulação imobiliária que tantos estragos fez na paisagem de Torres, sede do município, foi a criação, em 2002, de um parque estadual, com pouco mais de mil hectares. Os proprietários da área ainda reclamam do governo a indenização pelas terras que perderam, mas só assim as dunas, lagoas e a vegetação nativa estão preservadas. 





Ao sul destas formações rochosas que avançam no mar em Itapeva, o litoral gaúcho é um enorme costão de areia, interrompido apenas pelo rio Tramandaí e pela barra do porto de Rio Grande, até o arroio Chui, na fronteira com o Uruguai. 


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CENAS DE VERÃO


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

QUINTÃO DOS INFERNOS


Cada praia do litoral gaúcho tem a sua personalidade.
 As maiores - Torres, Capão da Canoa, Tramandaí - contam com serviços básicos como esgoto tratado e ruas pavimentadas, hospitais, lojas, cafés, vida noturna.  
As médias - Arroio do Sal, Cidreira, Xangri-lá, Cassino - se orgulham de sua estrutura urbana e os bons serviços públicos proporcionados pelas prefeituras. As pequenas, como Atlântida Sul, Oasis e Mariluz,  também exibem seus encantos: são limpas, acolhedoras,  tranquilas, onde todos se conhecem.
Cada uma oferece aos veranistas aquilo que eles procuram - agito, sossego, ar puro, pescarias, convivência com familiares e amigos. 
A praia do Quintão é o patinho feio.  Órfã rejeitada pela prefeitura de Palmares do Sul, a que pertence, enfrenta toda a espécie de dificuldades, doze meses por ano. Nem mesmo em janeiro e fevereiro a administração municipal comparece para tapar buracos e capinar as sarjetas.  Para chegar até a beira da praia é preciso desviar de poças de esgoto.
Atirados à própria sorte,  sem ter um posto de saúde ou uma agência bancária, moradores sonham em emancipação ou pelo menos passar a pertencer ao município de Balneário Pinhal, ao norte, como a vizinha Magistério. Talvez aí o IPTU que pagam passe a reverter em seu  benefício.
E aquela simpática praia deixe de ser o Quintão dos Infernos. 




Esta é a principal avenida da praia do Quintão. A cada esquina os carros têm que parar e passar as crateras com muito cuidado, a no máximo dez quilômetros por hora. Entra verão, sai verão, e nada muda. 






Mesmo sem chuva, as ruas calçadas - não são muitas - têm este aspecto.
Pior que a maioria das vilas miseráveis das periferias das cidades. 




sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

CAPIVARAS URBANAS


A extensa várzea da bacia do rio Tubarão, no sul de Santa Catarina, era um habitat perfeito para as capivaras. Lá elas tinham alimento farto e as águas dos banhados e dos riachos. Mas a urbanização e a drenagem das terras para a plantação de lavouras fizeram com que a população desses animais fosse diminuindo cada vez mais.
 Hoje pouco mais de uma dúzia de capivaras podem ser vistas no centro da cidade de Tubarão, convivendo com os humanos, apesar do trânsito de carros e da poluição. Comem a grama desta avenida que margeia o rio, e às vezes atravessam a rua para degustar as flores dos jardins, causando problemas para os motoristas, obrigados a parar para deixá-las passar. 
Elas não estão nem aí.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

AMANHECER NA ILHA DOS LOBOS

 
 

Torres, RS, Brasil. Ao fundo, a formação rochosa conhecida como Ilha dos Lobos, local de refúgio de lobos marinhos em migração.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

AQUARIANOS, VERÃO 2014




 Momento mágico nos aniversários de Lais e Clovis nas Termas do Gravatal, ao som de  Summertime, com Ella Fitzgerald e Louis Armstrong, da ópera Porgy & Bess, de George Gershwin.