domingo, 31 de agosto de 2008

CÉU COLORIDO


A cada fim de semana de sol e vento as velas de windsurf colorem o céu na barra do rio Tamandaí.

sábado, 30 de agosto de 2008

BLACK & WHITE



O Mercado Público de Porto Alegre tinha muitos gatos (e, por supuesto, poucos ratos) quando estas fotos foram batidas, em 1973. Graças a elas consegui o meu único conceito "A" de todo curso de jornalismo da Ufrgs - do qual fui péssimo aluno - dado pelo professor Santos Vidarte, uruguaio, editor de fotografia do Correio do Povo por décadas e mestre de toda uma geração de repórteres fotográficos gaúchos.


''A'' EM FOTOGRAFIA

Como era comprido o corredor do edifício onde eu morava, na rua da República.




Chafariz (seco) do Parque da Redenção.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O LENDÁRIO DC3 SOBREVOA PORTO ALEGRE

Sou daqueles que, quando viajam de avião de dia e com tempo bom, ficam grudados na janela, olhando para baixo. Gosto de ver onde estou passando. Paranaguá, Belém do Pará, a costa da Holanda, o mar do Caribe. Nunca estive lá, mas vi da janela do avião. Gosto tanto de voar que às vezes, em síndrome de abstinência, vou tomar um café no aeroporto para ver o pessoal embarcar e desembarcar.
Por isso, não resisti à tentação de dar um passeio no DC3 do aeroclube do RS. Toda semana ele sobrevoava a minha casa, em Petrópolis, e eu pensava: um dia desses eu vou. E fui, num belo domingo de verão do ano 2000, até o aeroclube, em Belém Novo. Desde criança não via um DC3 de perto. Considerado o mais perfeito avião a hélice, ao ser desenhado já tinha trem de pouso retrátil e muitos outros avanços tecnológicos que só décadas depois foram assimilados por outros modelos. Muito poucos caíram, em mais de 30 anos de vôos por todo o mundo.
Mesmo assim, fiquei um tanto cabreiro ao ver tantos mecânicos mexendo nos motores. Antes da decolagem, folhei uma revista Realidade de 1967 saboreando uma taça de champanha servida por uma aeromoça (nem tão moça assim) vestida com um traje dos anos 50.
Foi uma viagem no tempo de meia hora, da zona sul de Porto Alegre até as proximidades do aeroporto Salgado Filho. E eu grudado na janela...



Lembrança de uma época em que viajar de avião era charmoso



O Aero Clube do Rio Grande do Sul restaurou este avião para vôos panorâmicos sobre Porto Alegre. Era um dos três em atividade no Brasil. Mas a sua manutenção era caríssima e o aparelho acabou sendo vendido para um empresário paulista do município de Mococa, em 2005.


O clube Jangadeiros e o bairro Assunção, às margens do rio Guaíba, vistos da janela do DC3





domingo, 17 de agosto de 2008

CARAÍVA

Jamaica? Taiti? Não, este cenário é de Caraíva, junto à reserva de Monte Pascoal, dos índios pataxós, no sul da Bahia.
Só se chega ao povoado atravessando o rio Caraíva numa canoa como as da foto. Não há sinal de telefonia celular, e até o ano passado não havia energia elétrica, o que dava a ela um charme especial. Mas chegar lá continua difícil: é preciso enfrentar estrada de chão, que em dias de chuva forte só dá passagem para veículos de tração nas quatro rodas, caminhões e ônibus.
Caraíva é um lugar ideal para quem busca sossego (de dia), festa (de noite), praias belíssimas, natureza exuberante e gente descontraída.




COMO CHEGAR
Caraíva fica 65 km ao sul de Porto Seguro. De lá até o trevo de Trancoso a estrada é asfaltada. Depois são 32 quilômetros em chão batido. Como o terreno é arenoso, quando chove se formam lagoas onde os carros atolam. A outra opção é percorrer 43 quilômetros a partir da BR 101, também em estrada de chão.
A maneira mais confortável de visitar Caraíva é contratar uma picape com motorista ou alugar um jipe em Porto Seguro e ir devagar, parando nas praias do caminho, especialmente a do Espelho, uma das mais belas do litoral brasileiro. Mas quase todos preferem o ônibus - há dois horários por dia, saindo do Arraial da Ajuda, junto à balsa. A passagem custa apenas R$ 15 , e no percurso de mais ou menos três horas - dependendo do estado da estrada - é possível fazer amigos e ficar sabendo de muitas histórias sobre a região e seus moradores.
Seja qual for o meio de transporte, a viagem acaba na beira do rio Caraíva, onde há um estacionamento para os carros. Dalí até o povoado é preciso seguir numa canoa de troncos de árvore, movida a remo.
Uma dica: leve o menos possível de bagagem. De qualquer forma, não se precisa muito mais do que bermuda, camiseta e chinelos.

CARAÍVA



Os veículos (e as preocupações) ficam do lado de cá do rio.

CARAÍVA

As ruas do povoado são todas assim, sem pavimentação. Há pousadas confortáveis e bons restaurantes, mas a regra do lugar é a simplicidade e a descontração.


CARAÍVA



Em vez de carros e caminhões, cavalos e carroças. Ninguém se queixa...

CARAÍVA

As águas do rio Caraíva são tépidas, limpas, rasas e sem correnteza. Tomar um banho aqui é puro prazer.

CARAÍVA


Praia de mar ou de rio? Água doce ou salgada? Ambas estão aí, a poucos metros de distância.




sábado, 16 de agosto de 2008

DOM PEDRO II PARA PRESIDENTE

O perfil ideal para presidente da República é o de Dom Pedro II:
preparado para exercer o poder, austero nos gastos pessoais e públicos, tolerante com os adversários e com a imprensa, excelente administrador, culto, viajante incansável, curioso insaciável
, avesso aos cerimoniais e um homem que colocou a paixão pelo Brasil e os brasileiros acima de tudo - até do seu trono. Esta é a imagem que fica do imperador do Brasil de 1840 até 1889 depois da leitura da biografia escrita por José Murilo de Carvalho e editada pela Companhia das Letras.
Para um país traumatizado por uma sucessão de governantes que colocaram seus interesses pessoais e político-partidários acima dos da nação, Pedro de Alcântara representou uma rara exceção. Só Getúlio Vargas conseguiu alcançar a mesma dimensão como estadista.
Aclamado imperador aos cinco anos de idade, após a abdicação de seu pai, que voltou para Portugal, Pedro II passou os dez anos seguintes aos cuidados de tutores que cuidaram o educaram. Órfão de mãe com um ano e de pai aos nove, dedicou-se aos estudos e ao assumir o trono, aos 15 anos, já demonstrava surpreendente habilidade política ao montar um ministério em que mesclava a experiencia com a juventude, a prudência com a ousadia. O país que herdara enfrentava rebeliões separatistas e problemas políticos, sociais e econômicos agravados por uma década de governos provisórios.
Em poucos anos, o jovem imperador pacificou a nação e organizou o governo. Sua forma de administrar é um exemplo para empresas que se dizem modernas mas que, no fundo, usam, quase sem exceção, a velha técnica do "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Como chefe de governo, reunia o ministério diariamente, ouvia os relatos dos ministros, trocava idéias com eles e, muitas vezes, acatava o ponto de vista da maioria. Definia as prioridades e deixava a execução dos projetos a cargo de cada ministro. Visitava obras, escolas e hospitais para conferir se suas diretrizes estavam sendo cumpridas.
Avesso a festas e beija-mãos, reduziu a um mínimo o seu quadro de servidores, e aplicava boa parte dos seus rendimentos em obras sociais. Sustentava cientistas e artistas com bolsas de estudos no país e no Exterior. Suas viagens aos Estados Unidos e à Europa foram custeadas com empréstimos bancários pessoais. A imprensa tinha total liberdade - para ele, os jornais eram as janelas por onde vislumbrava a realidade do país - mesmo quando o atacavam, e à sua família, da forma mais torpe. Era respeitado nos Estados Unidos e na Europa como estadista e como sábio.
Apeado do poder e expulso do país por um golpe liderado por militares, viveu modestamente, em hotéis europeus de segunda classe, até falecer, em 4 de dezembro de 1891, em Paris. Duzentas mil pessoas acompanharam o cortejo da igreja da Madeleine até a estação de trem. De lá o corpo seguiu para Portugal, onde foi enterrado. No Brasil, manifestações espontâneas de pesar tomaram as ruas, apesar da hostilidade do governo republicano, que se recusou a decretar luto oficial e nem ao menos mandou representantes ao enterro.
Mas o livro não tem apenas os aspectos positivos da biografia de Dom Pedro II. Revela suas fraquezas, seus amores fora do casamento, a paixão pela condessa de Barral (que durou toda a vida), a condescendência para com a escravidão - à qual se opunha, mas não teve apoio político e coragem de extinguir -, e a sua postura impiedosa na guerra contra o Paraguai. Foi dele a decisão de massacrar o povo paraguaio até o quase extermínio, mesmo depois de Solano Lopez estar militarmente vencido.
Seus acertos, no entanto, superaram em muito os erros. E os governos que o sucederam, marcados pela politicagem, as ambições pessoais e a falta de patriotismo comprovaram a importância que os quase 49 anos do segundo reinado tiveram para o Brasil.

"O problema do Brasil não é a República nem a Monarquia. É a oligarquia absoluta".
Machado de Assis


LA NAVE VA


CADA UM POR SI


domingo, 10 de agosto de 2008

ILHA DE SANTA CATARINA

Pântano do Sul


Campeche





sábado, 9 de agosto de 2008

GENTE QUE LUTA

Tenho o maior carinho e respeito por estas pessoas de famílias pobres e de pouca instrução, mas que com garra, talento e muito trabalho vivem a vida numa boa. Ganham o seu dinheiro sem emprego formal, sem férias, fins-de-semana ou décimo-terceiro salário, mas não se queixam de nada nem colocam as culpas em ninguém pela vida dura que levam. Para eles o importante é ter comida na mesa, uma casa onde morar e dar educação para os filhos.
Os exemplos estão bem perto: a dona Neide, que cuida de um armazém de esquina em Petrópolis, Porto Alegre, sete dias por semana, das oito da manhã às oito da noite, administra sua casa e cuida do marido e dos dois filhos; o seu Antônio, que trabalha como vigia durante a noite, dorme de manhã e à tarde corta grama de casas do Imbé para sustentar a família e pagar a faculdade do filho, recém formado em educação fisica; Elias, negro, sapateiro desde os 15 anos, que conquistou seus clientes pelo perfeccionismo com que exerce sua profissão e Mateus, padeiro de Tramandaí (os dois últimos retratados neste blog).
Quando me sinto deprimido ao ver tanta sacanagem, tanta gente enriquecendo com dinheiro público, tanto empresário bilionário reclamando benesses do governo, penso nesta gente humilde, que não tem com quem contar, como dizem os versos de Vinícius de Moraes e Chico Buarque, mas vive com esperança e não perde o bom-humor.
Olho para eles e volto a acreditar no ser humano e no futuro deste país.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

QUEM NÃO TEM UM REAL??????


Há seis anos a voz de Mateus ecoa no centro de Tramandaí com o mesmo bordão: "Quem não tem um real?"
Todos os dias, faça chuva ou sol, no calor de janeiro ou no frio de julho, duas vezes por dia, no meio da manhã e no meio da tarde, lá está ele gritando "Quem não tem um real?"
É a senha para que funcionários e clientes das lojas, bancos, bares, bancas de camelôs, ou apenas as pessoas que passam por alí abram suas carteiras para tirar uma nota ou moeda de um real e comprar um saquinho com pães de queijo.
Dotado de um inesgotável senso de humor, o padeiro/marqueteiro, sempre vestindo um impecável guarda-pó branco com chapéu de confeiteiro, não desanima quando os fregueses rareiam. Imagina longas filas, emposta a voz de barítono e adverte "calma, pessoal, um por vez, tem pão de queijo para todos" ou pede, em alto estilo,
"faça seu padeirinho milionário, venha comprar o meu pãozinho".
Se mesmo assim não aparece mais ninguém, empurra sua bicicleta de carga e repete a operação na quadra seguinte.
Até agora Mateus não se tornou milionário com a produção e a venda de pão de queijo. Mas sustenta sua família, sem patrões nem empregados. E ainda se diverte bastante.



Mateus, o "Queijinho", se tornou um personagem folclórico da cidade, e quer aproveitar a popularidade para tentar a carreira de político. Concorre a vereador com o lema que repete pelas ruas enquanto vende os seus pãezinhos:
- A vida só é dura para quem é mole!!!






segunda-feira, 4 de agosto de 2008

MENOS É MAIS


Walden, do norte-americano Henry Thoreau (1817 - 1862), é um desses livros que se lê na adolescência e nos influencia pelo resto da vida. Publicado em 1854, conta em detalhes a experiência de dois anos, dois meses e dois dias vividos sozinho numa cabana no meio de uma floresta perto de Concord, Massachussetts. Thoreau queria provar - e conseguiu - que se pode viver, e bem, sem os confortos da civilização. Walden, ou A Vida no Mato, se tornou um dos livros mais conhecidos de não-ficção escritos em inglês, e seu autor um ídolo de sua geração, tanto nos Estados Unidos como na Europa.
Mais de 150 anos depois, os ecos da pregação de Henry Thoreau, resumida no bordão "simplificai, simplificai", ainda são ouvidos. Milhares de norte-americanos cansados do consumismo do American Way of Life se declararam "centenários": reduziram a 100 os objetos que fazem parte de suas vidas, descartando os demais por supérfluos. O movimento já chegou à Europa.
Não precisamos ser tão radicais, mas, pensando bem, todos nós, de classe média (alta, baixa, remediada), acabamos acumulando em nossas casas coisas que passamos anos sem usar: roupas, eletrodomésticos, bugigangas guardadas apenas porque algum dia poderemos precisar. Temos dezenas de CDs que não ouvimos, livros que apenas ocupam espaço na biblioteca. Com o passar dos anos, depois que os filhos saíram de casa, nos damos conta de que não precisamos morar em casas grandes, que dão trabalho e despesas com manutenção.
Nas creches, asilos e abrigos mantidos por instituições de caridade sempre há pessoas necessitadas das coisas que em nossas casas são apenas um estorvo. Vamos peneirar e mandar para elas o que não usamos?

Abaixo, uma divertida crônica de João Pereira Coutinho, colunista da Folha de S. Paulo que vive em Portugal, sobre o assunto.

Como chegar aos cem

Sim, sou um nostálgico da simplicidade. Tenho 5.000, 6.000 livros. Mas o meu sonho supremo era ter apenas dez ou vinte e fechar a contagem. Ah, como seria bom reunir "os livros da minha vida" numa única estante e deixar que o ruído do mundo, e das letras, passasse lá por fora. A biblioteca perfeita não se faz por adição; faz-se por subtração. Não me canso de o repetir.
Como tudo o resto, aliás: acumulamos centenas, milhares de objetos sem desígnio ou sentido. Quando seria possível viver com metade, ou metade da metade, ou metade da metade da metade. Só nos Estados Unidos, leio agora, existem milhares de "centenários": indivíduos que, cansados do excesso consumista, reduziram as suas vidas a cem objetos fundamentais. A moda espalhou-se por jornalistas do Reino Unido. Da Europa. De Portugal. Que fizeram a experiência e sobreviveram a ela.
E por que não? Sentado no sofá da sala, olho em volta e, saturado pela paisagem, começo a subtrair mentalmente. Ao fim de algumas horas, há mais espaço: físico, mental e até existencial. Não acreditam? Acreditem, leitores. E sigam-me, por favor.
Começo pelo quarto. Deixo ficar a cama (1); o jogo de lençóis (2); o cobertor para as noites geladas de Portugal (3); um candeeiro de leitura (4); os três volumes das cartas de Séneca a Lucílio, editados em inglês pela Loeb (7); uma chávena para o chá (8); um lápis para sublinhar ou comentar (9); caneta (10); bloco de notas (11); a fotografia que me acompanha quando desperto ou adormeço (12).
E roupa? Pouca, pouca. Três calças para o verão (15); três para o inverno (18); outro tanto de camisas (24); e de cuecas (30); e de meias (36); um "tweed" invernal (37), um casaco de linho para os dias mais quentes (38); gabardine para a chuva (39); sapatos (dois pares, 43); calções para nadar (44); uma gravata preta para funerais (45).
Na biblioteca, o despojamento é total. Fica a mesa, sim (46); a cadeira que foi do meu pai, e do pai do meu pai (47); o piano (48); o sofá das sestas e das festas (49); a estante (50); e, dentro da estante, por ordem cronológica, a Bíblia (51); a ética e a poética de Aristóteles (53); os Pensamentos de Marco Aurélio (54); as Confissões de Agostinho (55); Dante e a sua Comédia (56); os ensaios de Montaigne (57); a lírica, e só a lírica, de Camões (58); as obras de Shakespeare na edição recente, e excelente, da Royal Shakespeare Company (59); o Orgulho e Preconceito de Jane Austen (60); o Brás Cubas de Machado (61); os Maias de Eça (62); as quatro primeiras novelas satíricas de Evelyn Waugh (66); um volume de crônicas de Nelson Rodrigues (67); óculos para ler (68); o candeeiro para ler com óculos (69); e o laptop, para comentar tanta leitura e responder aos excelentíssimos leitores (70).
A música seria a grande sacrificada. Mas não abriria mão de Noël Coward a cantar velhos temas (71); e de Gershwin ao piano (72); e de Harry James ao trompete (73); e do My Fair Lady, na versão original (74). Ficaria também com uma ópera popular de Mozart, talvez Così Fan Tutte para os dias solares (75); e Bach para os dias chuvosos (76); e guardaria ainda um CD antigo e pirateado com um tema de Ennio Morricone que me enche sempre de felicidade e nostalgia (77). E, antes que seja tarde, o aparelho de som para que a casa não ficasse muda (78).
E antes que me acusem de higiene primitiva, haveria papel higiénico no banheiro (79), uma escova de dentes (80) com pasta a condizer (81); um pente (82); e sabão natural, melhor que todos os cremes (83). Ah, já esquecia: e uma toalha para me limpar (84)!
O que sobra? A cozinha, sim. Mas, não sendo eu homem moderno com talento para os tachos, dispensaria os ditos cujos. Ficaria o telefone para encomendar jantares (85) e a máquina do café para os terminar (86). E dois copos (88), e dois pratos (90), e duas facas (92), e dois garfos (94), e duas chávenas (96), e dois guardanapos de pano (98) - tudo isso para quando você, doce leitora, aqui viesse para jantar. E se pensam que faltam ainda dois objetos para chegar aos prometidos cem, pensem novamente: o jantar seria íntimo e à luz das velas. Duas, para ser mais claro (100).
João Pereira Coutinho, 32, é colunista da Folha. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Ed. Quasi), publicado em Portugal, onde vive. Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras, para a Folha Online.
E-mail:
jpcoutinho.br@jpcoutinho.comSite: http://www.jpcoutinho.com