domingo, 24 de abril de 2022

O MENINO QUE FALAVA COM CÃES

 



Martin era um menino problemático: muito indisciplinado,  na escola não conseguia nem aprender a ler  escrever.  Em casa, não parava quieto. Incomodava todo mundo. Os corretivos do pai e dos professores eram surras e punições cada vez mais violentas, até que, aos 13 anos, ele fugiu da casa onde morava com os pais e irmãos, numa pequena cidade da Irlanda dos anos 1970.

Logo ele começou a ser seguido por um cachorro de rua, e depois por outros cinco, com quem compartilhava a comida que achava no lixo, e o pão e o leite que roubava na frente das casas depois que o liteiro e o padeiro passavam.

Os cães passaram a ser a sua familia. Com o tempo Martin conseguiu entender a sua linguagem e os seus códigos de procedimento, a disputa pela liderança, as demonstrações de afeto, de medo, de raiva. Tornou-se o líder da matilha. 

Na sua ausência, a mãe dele ficou sabendo que o filho não era burro nem indisciplinado: ele sofria de uma doença, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A cura era a paciência e o afeto, e não as pancadas e humiliações.

Depois de três anos, com a ajuda de dois amigos que se compadeceram de sua situação - nunca mais havia tomado banho ou trocado de roupas - foi convencido a voltar à convivência da familia e dos humanos. 

A história de Martin McKenna está descrita em "O Menino que Falava com os Cães", livro que ele escreveu já adulto, quando emigrou para a Austrália, casou e teve filhos. Foi a esposa e a filha mais velha que o ensinaram a ler e escrever. Com a habilidade em entender a linguagem dos cães, ganha a vida com consultoria a famílias de animais agressivos e incontroláveis. Dá entrevistas e participa de programas sobre o assunto.

É um livro comovente e interessante, até para quem não é apaixonado por cães. 




sábado, 23 de abril de 2022

BOM DIA, IMBÉ!

 






domingo, 17 de abril de 2022

POR QUE CORTAR ÁRVORES ?





 





O litoral gaúcho tem um clima e um solo difícil para as plantas. Muitas espécies não resistem ao vento, o frio e a falta de nutrientes. Nos anos 70 o governo do Estado estimulou a plantação de casuarinas, distribuindo milhares de mudas, já que esta espécie se adapta muito bem a solos arenosos e a ventos carregados de sal do mar. Tão bem que suas sementes foram germinando por todo lado. 
Nas últimas décadas, moradores e veranistas começaram a plantar árvores de espécies nativas, que igualmente se dão bem na região, e até amendoeiras, mais chegadas no calor dos trópicos. E hoje balneários como o Imbé ostentam em suas ruas todo tipo de árvore e plantas ornamentais. Elas já são absoluta maioria.


Mas as casuarinas já fazem da paisagem da cidade e da rotina da população - aos sábados, há uma feira na avenida Porto Alegre, à sombra de suas árvores. 


Na beira do rio Tramandaí, famílias chegavam para tomar chimarrão na sombra, e biguás e outras aves pousavam nos fins de tarde para passar a noite em seus galhos. 

A prefeitura decidiu cortar quase todas as casuarinas, e ficou assim

Fez o mesmo na avenida da Osório, na entrada da cidade, e, por cima, substituiu o gramado do canteiro centram por cimento para estacionamento de carros. 

Numa época em que só se fala em reflorestar, proteger as florestas, evitar a impermeabilização dos solos e tantas outras práticas que causam  tragédias em todo mundo, por que cortar árvores?


 

sexta-feira, 15 de abril de 2022

LUA CHEIA DE OUTONO

 


Imbé/RS

sábado, 2 de abril de 2022

KITESURF

 






É só ventar forte e eles aparecem, colorindo o céu  do Imbé com as suas pandorgas gigantes.