domingo, 28 de abril de 2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

NOITE DE LUA CHEIA


          Mirante atrás da igreja de N.S. da Ajuda

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CALMA!


 
 
 

terça-feira, 23 de abril de 2013

NAMORADEIRAS


         A "namoradeira" da direita é Luzia Vinhas


sexta-feira, 19 de abril de 2013

ENTARDECER NO CÉU

 
 
 
 
  
 

 
 


sábado, 6 de abril de 2013

APENAS 24 HORAS


Domingo, Praia Grande, Torres RS

 
Segunda-feira, Praia Grande, Torres RS
 
 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O RIO NÃO TÁ PRA GRINGO

 
O Rio de Janeiro continua lindo! O Rio de Janeiro continua sendo...
Adoro o Rio, com seus botecos de esquina, os barzinhos, os restaurantes, as praias, as montanhas. O clima de festa, a descontração dos cariocas.
Um chope com aipim frito no Garota do Leblon, almoço no Bofetada ou no Natural da Barão da Torre, em Ipanema, uma água de coco no entardecer à beira-mar em Copacabana, a árvore de Natal na Lagoa, o Pão de Açúcar, o Corcovado.
Pelo menos uma vez por ano, indo em férias para qualquer lugar, era obrigatório parar no Rio por alguns dias e dar uma espichada em Parati, Búzios, Angra dos Reis ou Petrópolis.

Como era bom conferir com minha mulher as novidades nas butiques da Visconde de Pirajá, caminhar no calçadão do Leme até o Leblon, ir a teatros e shows de música, ouvir cantos gregorianos no Mosteiro de São Bento, apreciar o panorama lá da rampa da Pedra da Gávea, tomar um chá na Confeitaria Colombo, xeretear nas livrarias.  Achava engraçado quando, na praia, me ofereciam "shrimps", e não camarões. "Alemão-batata" no Sul do Brasil, no Rio eu era gringo.
Mas aos poucos o encanto acabou. 
O primeiro assalto foi só um susto. Na avenida N.S. de Copacabana um cara meteu a mão no meu bolso e saiu correndo com uns trocados. No ano seguinte, em Ipanema, a mesma coisa, só que quando percebi, tentava segurar o ladrão pelo braço. Ele havia me seguido, e provavelmente agia com outros companheiros.  Por onde eu andasse me sentia vigiado - e era. Como um gringo de verdade, com seus dólares e euros.
Em 2004 assisti um show inesquecível  de B.B.King, num toldo gigante armado na Marina da Glória.  Terminado o espetáculo, depois da meia noite, minha mulher, eu e milhares de espectadores saímos pelo aterro correndo em busca de um táxi. Não havia nem sinal deles, e muito menos de policiais. Depois de tanto prazer e alegria, só se via medo nos rostos das pessoas.
Pedi ajuda na portaria do hotel Glória para chamar um teletáxi, mas não fui atendido. Pouco depois, de volta à avenida, um táxi passou. Respirei aliviado. O taxista disse que só parou porque eu era gringo e estava acompanhado.
Em 2007, tive o "privilégio" de ser um dos primeiros assaltados por bandidos de bicicleta. Dois rapazes bem vestidos me cercaram na esquina do Arpoador onde viveu o poeta  Carlos Drummond de Andrade e aos gritos de "stop, stop", um deles me apontava uma suposta arma debaixo da jaqueta (talvez não fosse, mas achei melhor não duvidar). Levaram trinta reais e a cópia da carteira de identidade.  Eram nove horas da noite de sábado, havia movimento nas calçadas, mas ninguém pareceu se preocupar com o gringo assaltado.  Não era com eles. A gerente do hotel me disse que isto acontecia com quase todos os seus hóspedes estrangeiros.
No dia seguinte, o registro da queixa  na Delegacia do Turista em Copacabana foi humilhante. Demorou mais de uma hora, porque o policial, com a maior má vontade, a toda hora atendia o celular e ia para uma sala ao lado falar com amigas, amigos, namorada. Ainda bem que registrei queixa, pois meses depois, de volta a Porto Alegre, fiquei sabendo que estava na lista de inadimplentes do SPC por ter comprado linhas telefônicas da Telemar, num subúrbio carioca, e nunca ter pago as contas. Graças ao Boletim de Ocorrência, consegui limpar o meu nome.
Depois disso, não mais andei pelas ruas do Rio. Nunca voltei em férias à Cidade Maravilhosa.
Fico feliz ao saber que aos poucos as favelas estão sendo pacificadas, mas volta e meia surgem notícias de assaltos e violências contra gringos, como a do casal que pegou uma van cladestina (sim, no Rio há táxis e vans clandestinos) em Copacabana para ir à Lapa e acabou refém de assaltantes maníacos sexuais.  Detalhe: os "nativos" foram  convidados a desembarcar antes do assalto.
É triste, mas não quero mais me sentir estrangeiro - e discriminado - no meu país.