terça-feira, 30 de dezembro de 2008

VEÍCULO DO FUTURO

Avenida Pequeno Príncipe, Campeche, Florianópolis. Catadora de lixo reciclável, com o filho e o cachorro. Ela certamente não tem patrocínio da Mastercard...

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sábado, 27 de dezembro de 2008

ESPERANDO 2009

Lagoa da Conceição, Florianópolis, Brasil

sábado, 20 de dezembro de 2008

EU SOU UM CARANGUEJO!


É isso mesmo, aquele crustáceo encontrado nas praias e mangues, identificado pela carapaça e a forma de andar, sempre para os lados. O editor de um dos mais acessados sites de e para jornalistas de Porto Alegre carimbou de caranguejos aqueles que se insurgem contra as obras modernizadoras da cidade.
A última delas - motivo da reação irada - é a compra do Pontal do Estaleiro, uma área da beira do rio Guaíba onde funcionava um estaleiro falido há alguns anos, por um grupo de empresários para a construção de um condomínio de edifícios residenciais de altissimo luxo. Por ser um terreno de uso público, o projeto teve que ser aprovado pela Câmara de Vereadores, e acabou gerando uma discussão apaixonada entre os autoproclamados modernizadores e os defensores da preservação da orla do rio para uso público.
Ao longo de sua história - e de forma mais intensa depois da década de 60 - Porto Alegre foi sistematicamente agredida pelas empresas de construção civil interessadas apenas no lucro fácil. Elas botaram abaixo praticamente todos os casarões e edifícios pequenos do centro da cidade, substituindo-os por caixotes de concreto. Administradores públicos, também "modernizadores", fizeram a sua parte, construindo um muro ao longo do porto, supostamente para prevenir enchentes. Viadutos e túneis completaram o trabalho de destruição da área central, hoje decadente e abandonada.
Pois eu me orgulho de ter sido sempre um caranguejo. Gostaria de ver a cidade preservada, como Paris e as cidades européias que os tais modernizadores tanto gostam de visitar para apreciar o que aqui põe abaixo. Gostaria do rio despoluído e acessível para todos. Gostaria do pampa sem florestas de pinheiros.
Estou em ótima companhia. A de jornalistas que não se renderam à pressão dos donos das empresas de comunicação (sempre aliados dos empreendedores, de olho nos anúncios e, no caso de alguns, também construtores) nem aos mimos dos empreendedores. De ambientalistas com senso crítico e visão de futuro. De vereadores que não cederam à tentação das ofertas de ajuda para campanhas eleitorais.
Como eles, também sou um caranguejo.


A melhor obertura do caso do Pontal do Estaleiro é do site de Érico Valduga.
Confira em www.ericovalduga.com.br






domingo, 7 de dezembro de 2008

FRANKFURT

Centro financeiro da União Européia, Frankfurt é a mais internacional das grandes cidades alemãs. Um em cada três dos seus 670 mil habitantes nasceu fora da Alemanha.
Tornou-se conhecida como um local de grandes feiras internacionais, de automóveis a livros.
A cidade tem um lado moderno, com alguns dos maiores e modernos edifícios da Europa, mas o passado é preservado.

O centro histórico, devastado pelos bombardeios no final da Segunda Guerra Mundial, foi totalmente reconstruído, e mantém as mesmas características de antes.



Realejo, a tradição que permanece.


A praça Romer, coração da cidade.
Muitos destes prédios foram construídos entre os séculos XIV e XV.





FRANKFURT


Desde 1875 Frankfurt é uma metrópole com mais de 100 mil habitantes.
Ao longo destes anos de história, consolidou sua vocação de centro comercial europeu.

FRANKFURT


Esta igreja, situada na praça Romer, foi reconstruída pedra a pedra, para ter a mesma aparência de antes da destruição pelos bombardeios da Segunda Guerra mundial.
Frankfurt foi uma das cidades alemãs mais devastadas.

FRANKFURT


A catedral e, do lado direito, a entrada do Museu Histórico, onde se pode ver painéis que mostram a evolução da cidade. São impressionantes as fotos da destruição causada pelos bombardeios, nos últimos anos da guerra.




FRANKFURT




Meus ascendentes estavam entre as primeiras levas de alemães que vieram para o Brasil, no século dezenove.
Sou, portanto, brasileiríssimo. Mesmo assim, fiquei comovido ao pisar em solo alemão.
Foi apenas um dia, numa escala de um vôo de volta dos Emirados Árabes, em março de 1994. Caminhei pelo centro da cidade, almocei salsicha bock com chucrute e um copo de apfelwein (vinho de maçã). Me senti em casa - as pessoas se pareciam comigo -, e fui tratado com muita amabilidade.
Até arrisquei algumas palavras em alemão, em locais onde ninguém falava inglês. Como diria o poeta Mário Quintana, matei as saudades de um lugar onde nunca estive...