sábado, 25 de abril de 2015

JAGUARUNA

 O AEROPORTO DO SUL DE SANTA CATARINA



A TAM iniciou no dia 27 de abril de 2015, vôos diários, de segunda a sexta-feira, entre o aeroporto Regional Sul de SC, em Jaguaruna, e o de Congonhas, em São Paulo.
 Inaugurado em dezembro de 2010, o aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi vai atender 48 municípios, onde vivem 900 mil pessoas. 
União, o governo de Santa Catarina e os municípios da região gastaram R$ 60 milhões para a construção do terminal de passageiros, da pista de 2.500 metros e da estrada asfaltada de 4,8 quilômetros até a BR 101.
 A operação do aeroporto é de uma empresa privada. 







Um mês antes da chegada do primeiro Airbus A319 o terminal
de passageiros de Jaguaruna já estava pronto: ar condicionado
(15 aparelhos de 60 mil BTUs), salas de embarque e desembarque, escada rolante e cafeteria. 




Desde que a Infraero e o governo catarinense decidiram que seria necessário construir um novo aeroporto no sul de Santa Catarina - a outra opção seria ampliar o de Criciúma - os prefeitos de Tubarão, Laguna e Araranguá apresentaram seus municípios como a melhor alternativa. Associações comerciais e industriais, as universidades e a bancada de senadores e deputados se uniram para conseguir os recursos para a obra. 
A decisão por Jaguaruna, numa área deserta, que não necessitou de expropriações de casas,  foi tomada por critérios técnicos. 
O aeroporto fica a cerca de 30 quilômetros de Tubarão, 40 de Laguna e a 50 de Criciúma. Está no meio do rico pólo industrial  e comercial em que se transformou o sul de Santa Catarina, com um grande número de fábricas, especialmente de cerâmica. 
A necessidade de um novo aeroporto pode ser medida pela procura de passagens: quase todos os lugares dos primeiros quinze dias  de vôos foram comprados logo depois do início das vendas.





  


quarta-feira, 22 de abril de 2015

VIVER, SONHAR




"Uma vida não basta apenas ser vivida: também precisa ser sonhada"

Mario Quintana


Foto: túnel verde, em Cidreira, RS
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terça-feira, 14 de abril de 2015

IMBITUBA




Imbituba não está no circuito de praias charmosas do litoral catarinense. 
Mas sair da BR-101 e andar quatro quilômetros até a cidade, conhecida pelo seu porto e pelas competições de surf na Praia da Vila, é uma boa surpresa. Bonita, bem cuidada e com hotéis confortáveis, não tem o atrolhos e a poluição de outros "points", mesmo no verão - a badalada Praia do Rosa, ou "o Rosa" para os íntimos, fica no município mas tem vida própria. 
Além disso, de junho a novembro é possível ver as baleias que chegam no inverno para a temporada de acasalamento.


Na praia do Porto, canoas , pequenos barcos  e navios de carga


Praia brava, acessível apenas por uma trilha







A Praia da Vila tem excelente infraestrutura para turistas e moradores.
A qualidade das ondas da baía, devido a uma corrente formada entre duas ilhas, atrai surfistas.




A faixa de areia entre a avenida e a praia é preservada 


Observatório de baleias, com luneta, no Praia Hotel  Imbituba 



As baleias francas, presentes em esculturas, nos postes de iluminação e em objetos de decoração, fazem parte da história de Imbituba:  todos os invernos elas chegam da Antártida para procriar nas águas desta e de outras baías da região. Desde o século XVII eram presas fáceis para os arpoeiros, que depois levavam os corpos para barracões à beira da praia. A carne era cozida para a retirada da gordura - trabalho feito por escravos -, usada na iluminação de cidades, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo, e na construção civil, na produção de argamassa. 
A povoação era chamada de Armação de Imbituba. A matança só diminuiu por causa da redução da demanda da gordura, depois que os Estados Unidos passaram a produzir e exportar querosene, derivada do petróleo, em 1870, e com a descoberta do cimento Portland. Mas continuou até 1973, quando foi fechada a última estação baleeira do continente,  na praia do Porto. Anos mais tarde o barracão, restaurado, foi transformada em Museu da Baleia.
Em 1982, com a criação do Projeto Baleia Franca com o objetivo de coletar informações sobre os hábitos e os ciclos de vida desses mamíferos,  Imbituba passou de pólo exterminador a defensor da sua preservação.



A belíssima igreja matriz foi construída no platô onde está situado o centro da cidade


 Por mais de 200 anos anos o porto de Imbituba foi um entreposto para o embarque de óleo de baleia enviado a São Paulo e Rio de Janeiro. 
Em 1871  uma empresa inglesa construiu o trapiche de 70 metros, com madeira e ferro, para que navios de maior porte pudessem atracar.  Em 1880, com a construção da Ferrovia Tereza Cristina, passou a receber trens carregados de carvão da região de Criciúma. A ferrovia tem este nome em homenagem à esposa do Imperador Pedro II. Começa em Lauro Müller e tem um ramal que se estende para o sul até Araranguá. 
Continuamente ampliado, o porto de Imbituba tem capacidade de receber navios de todos os tamanhos, com seu calado de 12 metros de profundidade. Os molhes entram 850 metros mar adentro, e protegem também as embarcações de pescadores. 


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segunda-feira, 13 de abril de 2015

IBIRAQUERA






Na barra da lagoa de Ibiraquera dá para curtir a água doce e a água do mar. Em épocas de pouca chuva a lagoa não consegue abrir caminho até a praia e é possível ir de carro de Imbituba até a Praia  do Rosa, ao norte. Há até uma passagem para carros demarcada com moirões. 


sexta-feira, 10 de abril de 2015

A PONTE SÍMBOLO DE FLORIANÓPOLIS


SERÁ QUE ELA CHEGA AOS 90 ANOS?





Os manés da ilha, como são conhecidos os nativos da Ilha de Santa Catarina, nunca esconderam sua antipatia pelos forasteiros, sejam turistas ou moradores de outras cidades, estados ou países que se encantaram pelas belezas do lugar e decidiram se mudar para lá. Há até os radicais que defendem a volta da ilha aos velhos tempos em que só de barco se chegava às suas praias. 
A deterioração da ponte Hercílio Luz, ameaçada de ruir por falta de conservação apesar dos milhões gastos para mantê-la de pé, reacendeu a velha discussão sobre a  sua utilidade e também os ressentimentos dos moradores contra os turistas que a cada verão deixam a sua vida insuportável.  
Entusiasmados pelo sucesso do pedágio cobrado no verão passado aos visitantes de Bombinhas, vereadores de Florianópolis querem cobrar uma taxa dos turistas que entram na ilha na alta temporada.  O dinheiro seria usado na recuperação dos estragos causados pelo turismo. Não estão nem aí para os danos à imagem da "Ilha da Magia". 
Os adeptos da demolição da velha ponte também são insensíveis à importância deste símbolo da cidade. Criticam o dinheiro gasto na sua manutenção, as suspeitas de corrupção a cada contrato de reforma, e defendem a aplicação dos recursos em saúde, educação e infraestrutura na ilha. 
Mas muita coisa mudou nestes últimos anos, e nos bares, nos meios de comunicação e entre os vereadores e deputados há uma saudável discussão que poderá chegar a soluções positivas para os interesses de moradores e visitantes. Uma ideia sensata: a ponte poderia ser recuperada por uma empresa privada, que em troca receberia o direito de explorar o seu potencial turístico, com a instalação de bares, restaurantes e quiosques sobre ela.  
Poderia, também, ter uma ciclovia, pois nas nas pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos só há pistas para carros. 
Uma moradora do Campeche, gaúcha, defende um plebiscito para que os eleitores decidam qual a melhor solução.
Quanto à cobrança de pedágios, tomara que o bom senso prevaleça. Como disse um velho ilhéu da gema, morador no Saco dos Limões, "temos que explorar o turismo, e não os turistas".




A estátua de Hercílio Luz e, ao fundo, a ponte metálica que tem o seu nome. 
Inaugurada em 13 de maio de 1926, depois de seis anos de obras, pode não completar 90 anos, em 2016. Está interditada desde 1982.












domingo, 5 de abril de 2015

ROTA ALTERNATIVA PARA LAGUNA



Uma estrada estadual liga o município de  Jaguaruna a Laguna. Ela é toda asfaltada, sinalizada  e a pista está em boas condições. Para atravessar o canal, já em frente ao porto de Laguna, há balsas para veículos e passageiros.






Quem vai do sul para o norte deve sair da BR -101 cerca de 20 quilômetros antes de Tubarão, quado surgir a placa indicando a entrada à direita para Jaguaruna. Depois é só seguir em frente e apreciar a paisagem. 
Vale a pena desviar quatro quilômetros do caminho para visitar o Farol de Santa Marta.


Não se assuste com a fila de carros e caminhões: todos eles cabem numa balsa. 


As balsas demoram cerca de 15 minutos para chegar ao cais do porto de Laguna. 




Depois da travessia, visitar o belíssimo centro histórico da cidade compensa o tempo a mais gasto no desvio.