Imbituba não está no circuito de praias charmosas do litoral catarinense.
Mas sair da BR-101 e andar quatro quilômetros até a cidade, conhecida pelo seu porto e pelas competições de surf na Praia da Vila, é uma boa surpresa. Bonita, bem cuidada e com hotéis confortáveis, não tem o atrolhos e a poluição de outros "points", mesmo no verão - a badalada Praia do Rosa, ou "o Rosa" para os íntimos, fica no município mas tem vida própria.
Além disso, de junho a novembro é possível ver as baleias que chegam no inverno para a temporada de acasalamento.
Na praia do Porto, canoas , pequenos barcos e navios de carga
Praia brava, acessível apenas por uma trilha
A qualidade das ondas da baía, devido a uma corrente formada entre duas ilhas, atrai surfistas.
A faixa de areia entre a avenida e a praia é preservada
Observatório de baleias, com luneta, no Praia Hotel Imbituba
As baleias francas, presentes em esculturas, nos postes de iluminação e em objetos de decoração, fazem parte da história de Imbituba: todos os invernos elas chegam da Antártida para procriar nas águas desta e de outras baías da região. Desde o século XVII eram presas fáceis para os arpoeiros, que depois levavam os corpos para barracões à beira da praia. A carne era cozida para a retirada da gordura - trabalho feito por escravos -, usada na iluminação de cidades, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo, e na construção civil, na produção de argamassa.
A povoação era chamada de Armação de Imbituba. A matança só diminuiu por causa da redução da demanda da gordura, depois que os Estados Unidos passaram a produzir e exportar querosene, derivada do petróleo, em 1870, e com a descoberta do cimento Portland. Mas continuou até 1973, quando foi fechada a última estação baleeira do continente, na praia do Porto. Anos mais tarde o barracão, restaurado, foi transformada em Museu da Baleia.
Em 1982, com a criação do Projeto Baleia Franca com o objetivo de coletar informações sobre os hábitos e os ciclos de vida desses mamíferos, Imbituba passou de pólo exterminador a defensor da sua preservação.
A belíssima igreja matriz foi construída no platô onde está situado o centro da cidade
Por mais de 200 anos anos o porto de Imbituba foi um entreposto para o embarque de óleo de baleia enviado a São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1871 uma empresa inglesa construiu o trapiche de 70 metros, com madeira e ferro, para que navios de maior porte pudessem atracar. Em 1880, com a construção da Ferrovia Tereza Cristina, passou a receber trens carregados de carvão da região de Criciúma. A ferrovia tem este nome em homenagem à esposa do Imperador Pedro II. Começa em Lauro Müller e tem um ramal que se estende para o sul até Araranguá.
Continuamente ampliado, o porto de Imbituba tem capacidade de receber navios de todos os tamanhos, com seu calado de 12 metros de profundidade. Os molhes entram 850 metros mar adentro, e protegem também as embarcações de pescadores.
clique sobre as fotos para ampliá-las
Nenhum comentário:
Postar um comentário