sábado, 21 de janeiro de 2023

SUNRISE, SUNSET

 

Imbé/RS



segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

SAUDADES DA POUSADA MANGABA

 Naquela época não se fazia reserva: mochila na costas, ia chegando de pousada em pousada, até escolher uma que fosse confortável e o preço razoável.

E assim chegamos na Mangaba, Arraial da Ajuda, anos 80. Quartos com banheiro, mas ... e o chuveiro elétrico?
"O sol aquece a água, meu filho", disse a dona Teresinha, com aquele sotaque dos nativos do sul da Bahia. Também não tinha café da manhã, saboreado na padaria da esquina, ou no café Nossa Senhora Aparecida, na Bróduei, a algumas quadras dali.
Já fiquei em pousadas boas, ótimas, maravilhosas. Mas como sinto saudades da Mangaba.





Em vez de piscina, galinhas ciscando à sombra de cajueiros, mangueiras, mangabeiras

domingo, 15 de janeiro de 2023

LA NAVE VA

 


Praia do Laranjal, Lagoa dos Patos.

Pelotas/RS



domingo, 8 de janeiro de 2023

LIZETE ORSINI LOBATO (1956-2021)

 


Os primeiros sinais são fraqueza nas pernas, nos braços. Andar de bicicleta, correr e até caminhar vai ficando cada vez mais difícil. Aos poucos a pessoa fica dependente dos outros até para executar tarefas domésticas básicas.

A busca pelo diagnóstico é longa e frustrante. Neurologistas, reumatologistas e outros especialistas pedem exames de todo o tipo: de sangue, radiografias, eletroencéfalogramas, tomografias. Eles vão se acumulando, e as respostas são sempre as mesmas: não sei.
Quando, enfim, os médicos concluem que é uma doença neurológica degenerativa - pode ser Atrofia Muscular de Múltiplos Sistemas (AMMS) ou Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), resta ao doente se conformar em morrer um pouco por dia. Não há cura nem sem sabe quais as causas. Nos Estados Unidos e em vários outros países foram criadas associações de familiares das vítimas de doenças degenerativas, que recolhem e doam recursos para pesquisas destinadas a conseguir a sua cura, mas até agora não obtiveram sucesso.
A recomendação médica é a internação em clínica geriátrica, medicamentos para amenizar os sofrimentos físicos e mentais e exercícios com fisioterapeutas e fonoaudiólogos para retardar os efeitos. O tempo médio de sobrevivência é de seis anos.
Na penúltima etapa o doente já não consegue falar nem engolir os alimentos. Na última, só respira com oxigênio, até que o coração - também um músculo - para de bater.
O dia 7 de janeiro de 2021 foi o último da Lizete Orsini Lobato, uma irmã muito querida da Lais e minha cunhada e amiga, de quem temos muita saudade.
Era professora de História e Geografia em Florianópolis, e depois de se aposentar, em 2015, veio morar em Imbé/RS, e se dedicou a cuidar de sua mãe, nonagenária. Pouco depois começou a sentir os sintomas da AMMS.
Faleceu aos 64 anos, no hospital de Tramandaí. Deixou a filha Priscila.
Descanse em paz.

"GUARDA-ME, O DEUS, PORQUE EM TI CONFIO"
(Salmo 16)