terça-feira, 20 de novembro de 2018

BATE-PAPO



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

É DURO SER TELEMARQUETEIRO



- Alô? É o senhor Clovis erbéle?
- Sim, é ele.
-Bom dia, senhor Clovis. Aqui é a Hernanda, do Banco Juros Mil. Estou ligando para lhe comunicar que liberamos para o senhor um cartão de crédito com limite de 25 mil reais.
- Muito obrigado, senhorita. Já tenho um e pago uma banana de juros. Sou um velho aposentado do INSS e não posso ter outro cartão. 
- Mas...
- Bom dia e bom trabalho. 
Eu sou um cara bem educado, raramente maltrato os chatos do telemarketing. Sou até solidário com eles, coitados. O que devem ouvir de desaforos! Comparo o trabalho deles com os dos operários da construção civil que encaram 50 graus ao sol na Arábia Saudita ou 20 abaixo de zero na Suécia. 
Depois que os presidiários passaram a usar os seus celulares (que sempre têm sinal) e o tempo de sobra (todo o dia e a noite) para extorquirem e ludibriarem incautos por todo o país ( sim, também quase caí numa dessas), fazer negócios por telefone com alguém que você não conhece é mais que ingenuidade, é burrice, mesmo. 
Mas nem todos têm a mesma paciência que eu. E tem até os que se divertem com os telemarqueteiros.
Uma amiga, um dia desses, recebeu uma ligação de uma moça que disse ser do City Bank. Deu corda para a pobrezinha, até a hora em que ela pediu o endereço para enviar um "consultor" e abrir a conta. 
- Anota aí: rua que sobe e desce, número que desaparece. 
Antes de desligar, a moça ainda disse "aaahhhhh..."




segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A MISSA DAS DEZ





Durante alguns anos, na minha adolescência, morei com os meus avós maternos Theobaldo e Lúcia Weiler na rua Felizardo Furtado, em Petrópolis. Uma das minhas "obrigações" era, todos os domingos, acompanhar o vovô à missa das 10, na Igreja São Sebastião, na avenida Protásio Alves, a três quadras de distância. 
Ele era muito religioso. Rezava o terço todas as manhãs (ele dizia a primeira parte da Ave-Maria, a vó a segunda, enquanto lavava a louça do café).
Lá pelas tantas da missa, num momento em que a igreja estava em silêncio, ele levantava e bradava com seu vozeirão de barítono (que herdei...) e o sotaque alemão:
"Agorrra vamos cantaaarrr o canto número 18". E mandava ver.
Nestes momentos eu teria preferido sumir debaixo dos bancos, morto de vergonha. Mas, o que fazer, acabava cantando junto.




Fiéis chegando para a missa das de na igreja São Sebastiãoz


sábado, 10 de novembro de 2018

TU VISTES?

O português é uma língua complicada. Fica ainda mais difícil escrever corretamente devido às mudanças impostas pela Academia Brasileira de Letras - na última, tirou o trema de palavras como linguiça e o acento em ideia.
Nem profissionais da palavra, como os jornalistas, deixam de cometer erros, especialmente quando se trata da crase.Nos tempos do jornal Zero Hora, fui encarregado de coordenar o projeto Erro Zero: uma equipe de revisores esquadrinhava o jornal, da primeira à última página, e marcava os erros. As editorias com menor número de erros eram elogiadas, e as com o maior número de páginas "coloridas" pelas canetas dos revisores chamavam os repórteres com maiores dificuldades para uma reciclagem.
Mas o que mais me impressiona é um erro recorrente, cometido até por pessoas que escrevem e falam corretamente: o uso da segunda pessoa do plural (vós) em vez da segunda do singular (tu).
"Tu fostes", "tu vistes", "tu chegastes", quando a conjugação correta é tu foste, tu viste, tu chegaste. Ou "vós fostes", na segunda pessoa do plural, o que rarissimamente se usa.
Brasileiros de outros estados resolvem facilmente o assunto usando você em vez de tu. "Você foi", "você viu".
Para terminar, uma historinha que pode até ser verdadeira: incomodado com o enorme número de erros nas placas de sua cidade do interior de Minas Gerais, o prefeito, um advogado, decidiu dar prêmios aos estabelecimentos com placas corretas. Só foi encontrada uma: "Águia de Ouro".
Ao receber o prêmio, o dono, um alfaiate esclareceu:

 "Não é águia de ouro, doutor, é aguia (agulha) de ouro...

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

DA MINHA JANELA



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

WALL PAPER