segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A MISSA DAS DEZ





Durante alguns anos, na minha adolescência, morei com os meus avós maternos Theobaldo e Lúcia Weiler na rua Felizardo Furtado, em Petrópolis. Uma das minhas "obrigações" era, todos os domingos, acompanhar o vovô à missa das 10, na Igreja São Sebastião, na avenida Protásio Alves, a três quadras de distância. 
Ele era muito religioso. Rezava o terço todas as manhãs (ele dizia a primeira parte da Ave-Maria, a vó a segunda, enquanto lavava a louça do café).
Lá pelas tantas da missa, num momento em que a igreja estava em silêncio, ele levantava e bradava com seu vozeirão de barítono (que herdei...) e o sotaque alemão:
"Agorrra vamos cantaaarrr o canto número 18". E mandava ver.
Nestes momentos eu teria preferido sumir debaixo dos bancos, morto de vergonha. Mas, o que fazer, acabava cantando junto.




Fiéis chegando para a missa das de na igreja São Sebastiãoz


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