terça-feira, 25 de maio de 2021

MATANÇA NA TERRA DE CANAÃ

 

Na longa marcha depois da fuga do Egito, Deus prometeu a Moisés dar ao povo de Israel uma terra onde jorrava leite e mel, que ia do rio Jordão até o mar Mediterrâneo, do Líbano, ao norte, até o monte Halaque, ao sul.

Moisés morreu antes de cruzar o rio Jordão e chegar à terra prometida. Escolheu Josué como seu sucessor, e responsável por tomar a terra e distribuí-la entre as 12 tribos dos filhos de Israel. Estudos arqueológicos indicam que isto teria acontecido 1.400 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, 3.350 anos antes da recriação do estado de Israel, em 1948.
Só que havia um problema: aquele território era habitado por agricultores e criadores de gado, cabras e outros animais. Viviam dentro e no entorno de 31 cidades-estado, cercadas por muralhas. A mais próxima do acampamento dos israelitas era Jericó. Seguindo ordens de Deus - o sucessor de Moisés também passou a dialogar diretamente com ele - Josué entrou na cidade e eliminou todos os seus moradores: homens, mulheres, crianças e, claro, o seu rei. As ordens divinas eram claras: não devia restar nenhum ser humano "que tivesse fôlego".
Um a um os habitantes de todos aqueles reinos foram mortos pelos combatentes israelitas, que se adonavam dos rebanhos, da prata e do ouro. As terras foram divididas por Josué entre as tribos, e assim Deus cumpriu a sua promessa. Jorrou muito sangue na terra de Canaã, onde antes havia apenas leite e mel.
Afora o apoio que, segundo a bíblia, Josué teve de Deus, ele foi um dos maiores estrategistas militares da história. Mas não deixa de ser chocante a crueldade com que os habitantes de Canaã foram chacinados - isto também segundo a bíblia, no capítulo Josué.