terça-feira, 13 de abril de 2021

O QUE FALTA NAS DINAMARQUESAS?



Jornalistas em dia de folga analisam o que é que a dinamarquesa tem - ou não...



 Era um dia de folga naquela viagem a convite para jornalistas até a Dinamarca. Depois de caminhar pelo centro de Copenhagen, ocupamos uma mesa de calçada de um bar para descansar e beber alguma coisa naquela tarde ensolarada de fim de verão.

Impressionados com a beleza das dinamarquesas que desfilavam com seus corpos esguios e rostinhos loiros perfeitos, só tínhamos exclamações elogiosas para cada uma que passava.
Só um dos sete brasileiros daquele grupo, carioca, não dizia nada - só observava com cara de quem entendia do assunto. Até que ele deu o seu parecer: "falta alguma coisa nas dinamarquesas".
Esperou o efeito da frase e completou: falta bunda".
Continuamos bebendo, mas mudamos de assunto...

sábado, 3 de abril de 2021

A SEMANA SANTA




 Sexta-feira santa, 1961. O silêncio só não é total porque de algumas casas se ouvia música clássica transmitida pela rádio de Três Passos. Na igreja lotada, uma fila para beijar o corpo de Cristo.

No domingo de manhã, nada de comer os ovos e chocolates que o coelhinho da páscoa havia deixado, em ninhos coloridos de papel-crepom. Antes era preciso ir à missa e comungar, o que exigia duas horas de jejum. Cada minuto durava uma eternidade.
Com o passar das décadas a igreja católica amenizou muitos de seus ritos que beiram a morbidez, vindos da época medieval, em que os fiéis se autoflagelavam em solidariedade ao Cristo crucificado.
Na semana santa de 2021, a epidemia tornou impossíveis atos como o lava-pés. Os católicos estão acompanhando as cerimônias pela tevê, e a comunhão espiritual nas missas é vista com naturalidade, sem a hóstia consagrada. O jejum de duas horas já não é mais exigido, assim como a confissão. Mas, também: que pecados cometia este guri de onze anos, que em 1961 só se preocupava em estudar, fazer os temas de casa e brincar?