quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A EVOLUÇÃO DE CAMBORIÚ

 
Balneário Camboriú, com sua baía ornada por uma muralha de edifícios, já foi a mais brega das praias do litoral catarinense.  
Descolado era ir para um dos inúmeros "paraísos", aquelas praiinhas exclusivas, quase desconhecidas, como Bombas/Bombinhas, do Rosa, Garopaba, Pinheira e as da ilha de Santa Catarina. Só que com o passar dos anos a invasão descontrolada e a especulação imobiliária desfiguraram  quase todas elas, trazendo consigo as pragas da poluição e da destruição das belezas naturais.
Enquanto isso, a "Copacabana do Sul" passou a  atacar os problemas que a assolavam  - entre eles a poluição - e assumiu de forma responsável a sua vocação turística, abrigando também um número cada vez maior de pessoas, especialmente aposentadas, que decidiram morar na cidade, atraídas pelo seu clima agradável,  a infraestrutura e a segurança.   
Na Camboriú de hoje, o trânsito, organizado e sinalizado, permite o tráfego fácil de quem anda de carro - fora da temporada de verão, claro. Uma linha de ônibus circular serve com eficiência a orla. Há dois bons shoppings e um comércio exuberante ao longo da avenida Brasil, paralela à praia. Na avenida Atlântica, à beira-mar,  dezenas de hotéis, restaurantes, bares e sorveterias fazem a alegria de turistas de todo país. Ruas, avenidas e a praia são limpadas diariamente. Guardas municipais e PMs, apoiados por câmeras de segurança, são uma garantia de tranquilidade. Assim,  ninguém tem pressa de ir para casa quando a noite cai. O movimento nas ruas se prolonga até a madrugada, algo cada vez mais raro nas cidades brasileiras assoladas pela violência.


O censo IBGE de 2010 constatou que Balneário Camboriú, emancipado em 1960 de Camboriú, localizado do outro lado da BR 101,  tem pouco mais de 100 mil  moradores. Nos meses de janeiro e fevereiro a população salta para mais de um milhão de pessoas, atingindo a maior  densidade demográfica de Santa Catarina - 2.350 habitantes por quilômetro quadrado. É o segundo menor município do estado.


Um passeio no teleférico é programa obrigatório para quem quer ter uma vista provilegiada das praias do balneário

Uma Copacabana em miniatura, limpa e segura

A barra do rio Camboriú, protegida por um molhe

terça-feira, 6 de novembro de 2012

TRAMANDAÍ PERDE A BRANQUINHA



A Branquinha fechou. Bar, lancheria, restaurante e último reduto dos aposentados de Tramandaí depois do fechamento de outros pontos tradicionais da cidade, a casa está sendo reformada para virar uma loja. Ah, o Bavária também já era. Agora só funciona a pizzaria, no andar de cima.
Daquela barlândia,  que ocupava toda a quadra, só resta a Taberna do Willy.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

QUOTAS PARA MULHERES

Enquanto no Brasil as quotas para negros nas universidades começam a ser postas em prática, na Europa avança, e pelo jeito sem volta, a criação de um sistema de quotas para as mulheres nas diretorias das empresas. Foi a grande discussão de 2012 na Alemanha, onde só um partido, o Liberal Democrático, minoritário na coalisão do governo, é contra. Os demais partidos discordam apenas entre a criação de quotas flexíveis, com a adesão voluntária das empresas,  na fixação de 30 por cento ou de 40 por cento como o número mínimo de mulheres nos conselhos diretores e fiscais, até 2015. Uma decisão sobre o assunto foi adiada para o início de 2013.
Segundo o Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, nos últimos anos o índice de mulheres em posições de chefia está estagnado em 27 por cento. Nos 200 grandes conglomerados econômicos alemães, só 3,2 por cento de mulheres ocupavam cargos de diretoria em 2010. Nos conselhos fiscais o número aumenta um pouco - 10,6 por cento, mas ainda está muito longe das metas mínimas admitidas pelas lideranças dos partidos e dos movimentos sociais do país.
A Noruega foi o primeiro  país europeu a estabelecer quotas para mulheres nos cargos de direção. Quando a decisão foi tomada, em 2003, as previsões eram catastróficas: iam da fuga de investidores estrangeiros à quebra da bolsa de valores e a ruína do país. No começo foi realmene difícil encontrar mulheres para todos os postos, e muitas delas acumulavam cargos em até 10 empresas ao mesmo tempo - eram chamadas de "saias de ouro". Gradualmente a situação foi mudando, e as pesquisas de 2010 indicavam que elas já estava presentes em 35 por cento de todos os cargos de direção. Nas áreas de saúde e educação, metade dos chefes são mulheres. A situação se refletiu também nos cargos mais baixos de gestão.
Depois da Noruega, a França, a Espanha, a Bélgica e a Itália também aprovaram quotas para mulheres. Em todos houve discussões acaloradas, mas a mudança não foi, certamente, a causa dos problemas que alguns desses países estão enfrentando.


fonte: www.magazin-deutshland.de