Pedra chata, na língua tupi, Itapeva é o reverso de Torres, da qual é separada pelos rochedos da Guarita. Na praia, em vez de edifícios, a paisagem é de dunas e mata nativa. O balneário, uma vila com poucas casas e pousadas e restaurantes modestos situada sete quilômetros ao sul pela beira do mar ou 14 pelo asfalto, nada tem de agitado, nem mesmo no auge do verão. Sua maior atração é justamente a tranquilidade e o mar de águas transparentes. Quem quer curtir a praia no trecho próximo à Guarita tem que ir de carro e levar guarda-sol, bebidas e lanches, pois não há nenhuma estrutura por perto.
O que salvou Itapeva da especulação imobiliária que tantos estragos fez na paisagem de Torres, sede do município, foi a criação, em 2002, de um parque estadual, com pouco mais de mil hectares. Os proprietários da área ainda reclamam do governo a indenização pelas terras que perderam, mas só assim as dunas, lagoas e a vegetação nativa estão preservadas.
Ao sul destas formações rochosas que avançam no mar em Itapeva, o litoral gaúcho é um enorme costão de areia, interrompido apenas pelo rio Tramandaí e pela barra do porto de Rio Grande, até o arroio Chui, na fronteira com o Uruguai.
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