Pequena joia arquitetônica do século XIX, Morretes, assim como Paraty, Tiradentes e tantas outras pequenas cidades do período colonial, teve seu casario preservado por ter ficado à margem do progresso econômico.
Localizada no pé da Serra da Graciosa, a cidade era parada dos tropeiros que vinham de Curitiba, 900 metros acima, com produtos do planalto paranaense destinados aos portos de Antonina e Paranaguá, onde eram embarcados. Os comerciantes de Morretes negociavam com os tropeiros e os lucros permitiram a construção das belas residências e prédios públicos que hoje encantam os turistas.
Esta boa fase terminou em 1873, quando foi concluída a Estrada da Graciosa. Pavimentada com paralelepípedos, seguia o traçado da antiga trilha dos tropeiros e terminava no porto de Antonina, 13 quilômetros adiante. Mas foi a partir de 1885, após a inauguração da ferrovia Curitiba-Paranaguá, que tanto Morretes como Antonina perderam a sua importância econômica. A recuperação só começou na década de 1970 com a exploração do seu potencial turístico.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto, inaugurada em 1850
O clima bucólico, os prédios conservados e o cuidado com a conservação das ruas e praças encantam os turistas.
Quem visita Morretes não pode deixar de saborear o barreado, prato à base de carne cozida típico da região.
A mesma ferrovia que no século XIX condenou a cidade à decadência hoje traz diariamente centenas de visitantes. Os trens turísticos saem de Curitiba às 8h e partem de volta da estação de Morretes às 15h. A viagem dura cerca de três horas.
Vale a pena descer ou subir a Serra da Graciosa por esta estrada inaugurada em 1873.
Dos 30 quilômetros do percurso através da Mata Atlântica, dez ainda têm a pavimentação original, com paralelepípedos.
Marco inicial da Estrada da Graciosa, junto à BR 101, na Região Metropolitana de Curitiba.
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