Em agosto de 2005 ouvi a voz da razão e decidi que estava na hora de mudar de vida. Foram 35 anos de trabalho intenso, em tempo integral ou em duplas jornadas, nas redações das rádios da Ufrgs, Continental 1120, Difusora/Band, Guaíba e Gaúcha. Jornais Correio do Povo, Folha da Tarde, sucursal de O Globo e Zero Hora. Central do Interior da Caldas Júnior, assessorias de imprensa e, nos últimos anos, Agência RBS.
Pedi demissão e nunca me arrependi. Um dia desses encontrei o ex-patrão Jayme Sirotsky num supermercado, e ele, cordial como sempre, perguntou o que eu estava fazendo. "Tudo aquilo que não tinha tempo de fazer antes de me aposentar", respondi.
Na foto de Júlio Cordeiro, rostos risonhos dos meus colegas de Zero Hora na homenagem que me fizeram no dia da despedida.
2 comentários:
Clovis Heberle é um jornalista de olhar preciso e atuação silenciosa, mas decisiva, na imprensa gaúcha. Durante anos no Zero Hora, foi um dos responsáveis pela edição mais estratégica do jornal — a de domingo —, atualizando e lapidando notícias com rigor, instinto e senso de relevância. Mestre na curadoria de pautas e na orientação de repórteres, construiu, longe dos holofotes, uma carreira marcada pela credibilidade e pelo compromisso ético, tornando-se referência de jornalismo sério e consistente.
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