segunda-feira, 28 de outubro de 2019
BASTA DE CAVALOS PUXANDO CHARRETES
Charrete elétrica, em Petrópolis, RJ (foto O Dia)
Numa das primeiras vezes que estive nas Termas do Gravatal, SC, há mais de dez anos, caí na tentação de conhecer o lugar numa daquelas simpáticas charretes puxadas por cavalos.
Éramos apenas eu e minha mulher de passageiros, mas na primeira subida notei que o cavalo, magro, tinha dificuldades para aguentar o tranco. Perguntei se ele estava alimentado. "Quando largar vocês eu vou dar comida a ele", respondeu o cocheiro. Mandei parar ali mesmo, paguei a corrida e pedi que o alimentasse e deixasse descansar.
Desde então sempre que vejo este tipo de veículo lembro o episódio, e me dá uma pena danada ver os pobres bichos ali, parados o dia inteiro, esperando passageiros para mais uma corrida.
Em outras cidades turísticas os Promotores Públicos estão questionando a tração animal para transporte público - as charretes levam até seis passageiros, e não há qualquer controle das prefeituras sobre maus tratos e condições de "trabalho" dos cavalos.
Em Petrópolis, RJ, a Câmara de Vereadores aprovou um decreto proibindo tração animal nas charretes. Modelos com motores elétricos estão em testes. Em Campos do Jordão SP), tuc-tuc (motos adaptadas) estão substituindo os cavalos, mas ainda restam algumas. Em Aparecida (SP), onde fiéis usam charretes para ir do santuário até a porto de Itaguaçu, no rio Paraíba do Sul, onde os pescadores teriam encontrado a imagem de Nossa Senhora, a polêmica está criada, e uma outra solução está sendo buscada pelas autoridades locais e a a administração do santuário.
Basta de maltratar cavalos.
Charretes puxadas a cavalo em Gravatal /SC
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