quarta-feira, 25 de março de 2009

A CLARO E O PMDB

O que a Claro e o PMDB têm em comum?
Pelo menos duas coisas: a Claro se apresenta como "A Operadora do Brasil", o PMDB como "O Partido do Brasil", e ambos tratam os brasileiros com a mesma desfaçatez, cara dura, escárnio, deboche, falta de respeito. Não vou comentar as atitudes do partido que já teve um papel importante na redemocratização do país, num passado distante, e agora apenas trata de conseguir bocas, trampas, grana fácil a qualquer custo. Ele não é grande anunciante e volta e meia leva porradas no noticiário político. Já a Claro, que despeja milhões e milhões na mídia (né, Faustão?), assim como as suas não menos desonestas concorrentes, é levada com a benevolência dos "clientes vips", aqueles a quem uma denúncia num jornal pode custar a cabeça do repórter ou do editor.
Vou contar o meu caso para que vocês, leitores, tomem cuidado e não se arrependam depois.
No início de dezembro do ano passado fui seduzido pelo 3G (terceira geração). Como passo parte do tempo em Porto Alegre, parte do Imbé e costumo circular, quando dá, pelo sul do país, poder usar um modem sem fio no meu notebook, pagando uma só mensalidade pelo serviço, me pareceu genial, além de econômico. E foi, até o modem pifar, 20 dias depois de comprado.
Levei à loja da Claro e a gerente me colocou numa sinuca de bico: depois de sete dias, a bomba passa para a fabricante do aparelho, uma tal de Huawei. Um modem novo custa R$ 900,00 (o que comprei estava na promoção de lançamento). E assinei um contrato de fidelização de um ano. Para rompê-lo havia que pagar multa.
A assistência técnica da Huawei é em São Paulo, pois se trata de uma tecnologia nova, inacessível aos nossos aprendizes de feiticeiros. O representante local apenas fez a remessa, sem noção de quando e como voltaria o aparelho. Mais de um mês depois recebi-o de volta, mas houve um problema de conexão. Passei dois dias em transe, horas e horas de contatos com o suporte, com as inevitáveis quedas de linha e mensagens gravadas irritantes. Esgotado depois de quatro tentativas (e a repetição dos procedimentos de reconfiguração e outros recursos), pedi o cancelamento do contrato. Além da multa (e as mensalidades, que têm sido pagas mesmo sem o serviço) gastei uma pequena fortuna em conta telefônica devido à linha discada). Voltei para a banda larga, pagando, a taxa de adesão.
Ah, o caso foi registrado na Anatel, mas não acredito que sirva para algo além de constar nas estatísticas.



Um comentário:

Unknown disse...

Que horror hem.

O ponto positivo é que o blog está denunciando e alertando os consumidores neste espaço.

O acesso a internet no Brasil continua monopólio (meia dúzia de empresas), caro, e de baixa qualidadem em relação a gringolandia.

Como eles tem o mercado garantido e cativo, casos individuais não são tratados com a devida competência, porque para eles, tanto faz como tanto fez.