
O astral de um estação de esqui no inverno é parecido com o de uma praia badalada no verão. Os freqüentadores vão até elas para descansar, respirar ar puro, tomar sol, encontrar amigos e... esquiar, claro. As roupas e os prédios têm cores exageradamente fortes, há bares, restaurantes e cafés por todo lado, boates animam as madrugadas. Apesar dos termômetros raramente atingirem temperaturas positivas, ninguém sente frio. Os casacos, o esforço físico dispendido nos esportes e a animação compensam, com sobra, os graus Celsius (ou Farenheit) que faltam no ambiente.
A neve é macia como a areia. Dá para cair, rolar, deitar sobre ela. Quem não gosta ou não sabe esquiar, pode pegar uma cadeirinha num teleférico para simplesmente olhar a paisagem lá de cima, beber alguma coisa no café e depois descer. Há passeios a pé (com sapatos especiais), de snowmobile, de trenó. Uma pausa no interminável inverno canadense.

Aprender a esquiar é como dar os primeiros passos sem o apoio das mãos e braços. Depois de passar meses engatinhando, temos que trocar a segurança de estar junto ao chão pelo difícil equilíbrio apenas nos pés e pernas, e ainda por cima colocar um pé lá na frente, levantar o de trás e se deslocar alguns centímetros sem cair. Uma barra.
Nos esquís, o desafio é semelhante. Com os pés presos às pranchas de madeira, temos que avançar sobre a neve escorregadia deslizando, sem levantá-los do chão. Se inclinamos o corpo para trás, caímos de costas, se inclinamos para a frente, caímos de barriga. Começa um longo aprendizado na busca do ponto de equilíbrio - como aconteceu quando começamos a andar.
Numa pista com pequena inclinação, o instrutor dá as dicas de como avançar, diminuir a velocidade, virar a esquerda, à direita. É so inclinar o corpo, juntar mais os bicos dos esquis para freiar, deixá-los em paralelo para ganhar velocidade. Algumas quedas (e às vezes torções nos tornozelos) depois, a vibração: é possível - e delicioso - deslizar sobre a neve.
Nos esquís, o desafio é semelhante. Com os pés presos às pranchas de madeira, temos que avançar sobre a neve escorregadia deslizando, sem levantá-los do chão. Se inclinamos o corpo para trás, caímos de costas, se inclinamos para a frente, caímos de barriga. Começa um longo aprendizado na busca do ponto de equilíbrio - como aconteceu quando começamos a andar.
Numa pista com pequena inclinação, o instrutor dá as dicas de como avançar, diminuir a velocidade, virar a esquerda, à direita. É so inclinar o corpo, juntar mais os bicos dos esquis para freiar, deixá-los em paralelo para ganhar velocidade. Algumas quedas (e às vezes torções nos tornozelos) depois, a vibração: é possível - e delicioso - deslizar sobre a neve.
MONT TREMBLANT

Mesmo para quem não saber esquiar, vale a pena subir a montanha de teleférico e curtir a paisagem bebendo um chocolate quente na cafeteria
WHISTLER
ONDE ESQUIAR

* Banff e Sunny Valley, no parque nacional de Banff. Por estarem dentro de uma área de preservação (há rebanhos de alces, cabritos monteses e outras espécies de animais em estado selvagem) não são permitidos helicópteros, snowmobiles ou outros veículos barulhentos e poluidores. Empreendimentos imobiliários e construções são limitados. A grande cidade mais próxima é Calgary, localizada no lado ocidental das Montanhas Rochosas canadenses.
* Whistler fica do outro lado das rochosas. É a maior e a mais badalada estação de esqui do país. Chega-se lá a partir de Vancouver, na costa do Pacífico.
Os locais estão assinalados no mapa com alfinetes amarelos
De mar a mar


No verão de 1998 troquei o calor de Porto Alegre pelo frio de no máximo zero grau. Em 10 dias no Canadá senti a sensação de estar num freezer. As calçadas cobertas por uma camada de gelo escorregadio, o cenário dominado pelo branco da neve, a vida nas cidades transferida por meses a fio para o interior dos prédios ou os subterrâneos e os shoppings. A convite do governo canadense, conheci, junto com jornalistas e operadores de turismo brasileiros, as maiores estações de esqui do país e as cidades de Montreal, Toronto (no Leste), Calgary e Vancouver (no Oeste). De mar a mar, como diz o lema do Canadá.
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