segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

NATAL


Canela está linda com a decoração natalina.

As casas, as praças, os bares e, claro, a catedral de Pedra, tudo colorido e de bom gosto.
 








sexta-feira, 29 de novembro de 2024

ISABEL LOBATO, ARTISTA E PROFESSORA

 Isabel não havia terminado o curso de história na PUC/RS quando conheceu, nas férias, o Arraial da Ajuda, em Porto Seguro, Bahia, a convite da sua irmã Lais. Logo depois de chegar foi contaminada pela síndrome de Ajuda, uma doença incurável que só faz bem. Se apaixonou pelo lugarejo, e também pelo Guili, um argentino que vivia lá.

Depois das férias, já formada, voltou, e, como tantos outros brasileiros, argentinos e europeus, nunca mais encontrou um lugar onde se sentisse tão feliz.
Passou a vender cangas que produzia em seu atelier para sobreviver, até que a gravidez e o nascimento do filho Rodrigo lhe deram a real: precisava de um emprego, um salário fixo. Fez concursos na rede escolar municipal e estadual e iniciou a carreira de professora.
Ensinou história do Brasil, da Bahia, do Arraial. Muitas vezes ouvi de seus ex-alunos: "foi a melhor professora que já tive."
Agora a minha amiga e cunhada Isabel Orsini Lobato está se aposentando. Foram 25 anos de dedicação, retribuída pelo carinho e o respeito de seus alunos.
Valeu!
Parabéns!
Fotos:
1. Isabel em seu estúdio, antes de iniciar a carreira de professora.
2. Homenageada pelo seus alunos na despedida.




domingo, 24 de novembro de 2024

CHE, UM MITO NO LIXO

 


Numa rua de Porto Alegre, este velho pôster de Che Guevara esperava o momento de ser levado para sua última morada.



sexta-feira, 15 de novembro de 2024

À SOMBRA DAS ÁRVORES

 


Alameda, Imbé-/RS



terça-feira, 5 de novembro de 2024

AROUND MIDNIGHT

 


terça-feira, 8 de outubro de 2024

OS PASSEIOS DO LORD

 


Durante 17 anos meu dia começava sempre lá pelas oito horas, quando o Lord, que dormia ao meu lado, ficava de pé na sua caminha e me arranhava o braço até eu acordar. Era a hora do seu passeio - pelo menos uma quadra, às vezes duas. Cheirar, fazer xixi e cocô, encontrar cuscos conhecidos ou não.
Há cinco anos ele se foi. Acho que sua vida conosco foi muito boa.
Foto do google maps, captada por satélite, num desses passeios matinais


terça-feira, 1 de outubro de 2024

MARESIA TÓXICA

 



Uma das boas coisas da beira da praia é encher os pulmões de ar puro, salgado. Mas desde que a fumaça das queimadas tomou conta de quase todo país, a maresia do litoral ficou misturada ao óxido de carbono e outras substâncias que compõe as cinzas.
Além da sujeira - os pisos, os móveis, as paredes das casas ficam escuros - o ar enfumaçado prejudica as plantas e desestimula uma simples caminhada. 

A saudável maresia se tornou tóxica.



sábado, 21 de setembro de 2024

PARABÓLICAS, ADEUS



Antenas parabólicas na paisagem de um lugarejo próximo a Caraíva, na Bahia


Até 1986, quando as antenas parabólicas começaram a ser vendidas, os moradores das pequenas cidades ou dos vilarejos do interior do Brasil não tinham televisão.  A única forma de se manterem informados era o rádio de ondas médias ou curtas. Os bares, hotéis e pousadas foram os primeiros a instalá-las, e se tornou um hábito ver as notícias, as novelas e os jogos de futebol bebendo uma cervejinha no bar mais próximo. Em alguns vilarejos, como a Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte,  as prefeituras colocavam aparelhos de tevê na praça, onde os moradores viam novelas da Globo e o Jornal Nacional. Depois o aparelho era desligado e a caixa de madeira onde ficava protegido fechada. 

Aos poucos as antenas que permitiam ver a programação das redes de televisão se tornaram parte da paisagem dos mais remotos rincões do pais. Foi um avanço importantíssimo: com um custo relativamente baixo, passou a ser possível  se conectar com o que estava acontecendo no mundo e  ver os programas, as novelas e os jogos sem sair de casa.

Neste ano, acaba a era das parabólicas. Em dezembro o sinal analógico será desligado. A tecnologia 5 G precisa do espaço, assim como o das emissoras de rádio AM, que migraram para a FM. As velhas antenas terão que ser substituídas pelas digitais e se tornarão sucata.




terça-feira, 17 de setembro de 2024

O PINGUIM DO PINHAL

 

O Lico, vizinho no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, chegou lá em casa, numa manhã de primavera dos anos 70, com um novo amigo. Ele mesmo se apresentou: "Uóg, Uóg".
Era um pinguim, que ele havia recolhido na praia do Pinhal onde havia passado o fim de semana. Estudante de biologia, Lico cuidou do bichinho, que estava exausto e desnutrido. Ele seguia o Lico por todo lado, e a vizinhança já se acostumara aos "uóg" com que o pinguim se comunicava.
Mas Uóg não resistiu ao calor do verão. Deveria ter voltado, de carona com a corrente do Brasil, à Patagônia, onde reencontraria sua espécie para procriar e, no outono seguinte, vir de novo à costa do Brasil pela corrente das Malvinas, em busca de águas menos geladas e comida farta.
Me lembrei desta história ao ver "Meu Amigo Pinguim", um filme bonito e comovente baseado na história de um pescador da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, que encontrou na praia um pinguim coberto de óleo, cuidou dele. Se tornaram amigos, e, por oito anos, a cada outono, o pinguim percorria oito mil quilômetros para visitá-lo. Na primavera voltava para a Patagônia.


Ilha Grande, um dos lugares mais lindos do litoral brasileiro, onde o pinguim da Patagônia foi parar, coberto de óleo. Foi salvo por um pescador.


quarta-feira, 4 de setembro de 2024

UMA RUA EM PORTO ALEGRE:DR.VALLE


Rua Dr. Valle, bairro Moinhos de Vento. À direita, a principal  hidráulica da cidade. O prédio do início do século 20 é tombado como Patrimônio Histórico.



terça-feira, 30 de julho de 2024

POR QUE POLUIR AS LAGOAS?



No fim da década de 1970 o governo de Santa Catarina anunciou a construção da Indústria Carboquímica Catarinense (ICC), para transformar o rejeito do carvão extraído na região de Criciúma em fertilizante e gesso. A ideia parecia excelente - o rejeito piritoso,  sobra do carvão depois de purificado, passaria a ser economicamente rentável,  além de proporcionar milhares de empregos. O local escolhido foi Imbituba, perto da lagoa de Imaruí.

Divulgado com grande destaque pelo governo, o projeto foi contestado por ambientalistas catarinenses pelos seus efeitos desastrosos no equilíbrio ecológico do sistema lagunar que vai de Laguna a Imbituba, um gigantesco criatório de camarões, com mais de 86 quilômetros quadrados, que deságua no mar em Laguna. A fábrica despejaria nas suas águas altas quantidades de ácido fosfórico e sulfúrico, letais para a vida marinha.

O assunto mereceu ampla cobertura da mídia, em especial do Correio do Povo, de Porto Alegre, então o jornal de maior circulação em Santa Catarina, com uma bem estruturada redação em Florianópolis. Brotaram protestos em todas cidades e vilas da região, pois a pesca e venda de camarão garantiam o sustento das mais de cinco mil famílias de suas margens. 

O projeto foi mudado: os efluentes foram canalizados até o mar, em vez de contaminar as lagoas. A fábrica foi privatizada dez anos depois, e hoje restam apenas ruínas dos prédios.

Mais de quatro décadas depois, a Corsan acelera a construção de estações de tratamento de esgoto (ETEs) em cidades do Litoral gaúcho. Aguardado com ansiedade pela população, o esgoto tratado é um direito básico. Por motivos diferentes, construtoras também pressionam a empresa, agora privatizada, a concluir suas ETEs, pois assim os Planos Diretores poderão ser alterados para que seja liberada a construção de edifícios. Xangri-lá e Imbé são dois municípios na mira dos empreendedores. 

Assim como no caso da ICC, o problema é que os projetos em andamento preveem o lançamento dos efluentes tratados nas lagoas que vão de Tramandaí até Capão da Canoa.  Em releases publicados na imprensa gaúcha, a Corsan garante que o líquido é limpo e não causará qualquer dano às águas - única fonte de água potável dos 18 municípios da região. Mas os estudiosos no assunto contestam esta afirmação. E há um exemplo:  em Osório uma ETE da Corsan foi fechada por ordem da Justiça em 2020 porque os efluentes estavam alterando a alcalinidade da água da lagoa dos Barros, onde eram despejados. As águas do oceano certamente absorveriam facilmente estes efluentes, sem causar danos ao meio ambiente. As lagoas localizadas entre a serra e o mar,  no litoral norte do RS, um ecossistema frágil, agredido por esgoto das cidades e pesticidas das lavouras


O rio Tramandaí, perto do ponto onde uma tubulação vai despejar os efluentes da ETE de Xangri-lá, pelo projeto da Corsan.




domingo, 21 de julho de 2024

NA ESTRADA

 


Osório, RS, com o morro da Borússia ao fundo





quarta-feira, 3 de julho de 2024

IMBÉ, ANO 2111

sexta-feira, 14 de junho de 2024

CHEIRINHO DE MATO


 


Caminhar pelo mato, sentindo o perfume das plantas e o murmurar da água de um regato, é maravilhoso. Especialmente para quem passou a infância numa pequena cidade do interior.


domingo, 2 de junho de 2024

OUTONO, MOVIMENTO DE VERÃO

 


Imbé/RS

MOCOTÓ À BEIRA MAR

 


Os quiosques da praia de Imbé fecham quando termina a temporada de verão, quando o vento minuano, gelado como a água do mar, começa a soprar de sudoeste.
Reabrem só lá por dezembro, quando o clima convida para uma cervejinha com peixe frito à beira mar.
Mas a dona Conceição teve uma ideia: em vez de peixe frito com  cerveja, oferecer mocotó com vinho tinto. 
Deu certo: há 16 anos o Quiosque do Mineiro abre aos sábados, e a freguesia aparece, para comer um delicioso mocotó ou levar para casa. 

quarta-feira, 22 de maio de 2024

DIA DE FAXINA

 


Tratores removem os aguapés das lagoas que saíram ao mar pelo rio Tramandaí e cobriram a praia de Imbé na enchente.



segunda-feira, 13 de maio de 2024

sábado, 4 de maio de 2024

VESTÍGIOS DA TRAGÉDIA

 


Plantas aquáticas das lagoas que compõe a bacia do rio Tramandaí são levadas em direção do mar.
A cena, incomum, é consequência do enorme volume de chuvas que caiu nos vales dos rios Maquiné e Três Forquilhas, que deságuam nas lagoas.






segunda-feira, 29 de abril de 2024

FESTA DOS 50 ANOS DE FORMATURA DA TURMA DO DIREITO DA PUCRS

    A ARTE DO ENCONTRO  

                                        
                              Festa dos 50 anos - 12/12/2023

Os encontros para comemorar formaturas são sempre momentos felizes. Ex-colegas de faculdade têm uma rara oportunidade de se reverem, e entre abraços emocionados contarem histórias de suas vidas, suas carreiras, e, claro, recordarem os bons momentos vividos na juventude.
Mas juntar dezenas de pessoas que, depois de concluírem os cursos, seguiram suas carreiras, casaram e tiveram filhos e netos (ou não), à vezes se mudaram para outras cidades e países, sem falar nos que já nos deixaram, é uma tarefa difícil. Depende de muita persistência de um grupo, geralmente pequeno, de pessoas que cultivam a arte do encontro, como no verso de Vinícius de Moraes: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".

Na foto, Lais Lobato Heberle entre seus colegas no jantar de comemoração dos 50 anos de formatura do curso de Direito da PUCRGS, realizado no dia 12 de dezembro de 2023, no restaurante Panorâmico da universidade, em Porto Alegre.
Teve excelente cardápio, música, e, sobretudo, muita alegria.  

quinta-feira, 25 de abril de 2024

DAS BARCAS AOS CATAMARÃS

 


Por mais de dez anos, até 1958, quando foi inaugurada a travessia Régis Bitencourt, a ligação de Porto Alegre com Guaíba e o sul do estado era feita por barcas.
Seus terminais eram a Vila Assunção, no sul da cidade. As barcas levavam veículos e passageiros e  operadas pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DAER). 


Os catamarãs começaram a operar em 27 de outubro de 2011. Saem do armazém B3 do cais do Porto, e demoram apenas meia hora para fazer a travessia, a metade do tempo, pelo menos, dos ônibus.





Antes de atravessar o Guaíba, os barcos fazem uma parada no Pontal do Estaleiro para embarque e desembarque de passageiros.


Terminal de Guaíba da Cat Sul, empresa do grupo Ouro e Prata que venceu a concorrência para o serviço de travessia aquática.


 

A zona sul de Porto Alegre vista do outro lado do rio/lago






Mais de cinco mil pessoas viajam diariamente entre Porto Alegre e Guaíba para trabalhar. Mas atravessar o rio para simplesmente dar um passeio até a cidade vizinha é uma boa opção para um fim de semana. A orla de Guaíba é bem cuidada, com um calçadão, bares, restaurantes e áreas de lazer. 


quinta-feira, 18 de abril de 2024

NUVENS RABO DE GALO

 



Quando o vento sopra forte, elas passam rápido, esguias. 
O nome delas é Cirrus, mas o povo chama de rabo de galo. 
Fotos de Lais Lobato Heberle

terça-feira, 2 de abril de 2024

CORES DO OUTONO

 









segunda-feira, 1 de abril de 2024

MARÇO 2024

 




IMBÉ/RS

terça-feira, 26 de março de 2024

UM DIA, UM GATO

 


Este belíssimo gato estava junto à cerca de sua casa, olhando o movimento. 

Quando peguei a câmera para fotografá-lo, subiu num moirão e ficou lá, fazendo pose. 

O nome dele é Rei. 


domingo, 17 de março de 2024

IMIGRAÇÃO ALEMÃ - 200 ANOS

 A LONGA E PERIGOSA VIAGEM DO ARGUS









27 de julho de 1823: o veleiro Argus deixava o porto de Amsterdam, na Holanda, com 284 passageiros de regiões onde mais tarde seria a Alemanha com destino ao Rio de Janeiro. Miseráveis, sem trabalho na lavoura devido à crescente mecanização da lavoura, aceitaram o desafio de tentar uma vida nova no Brasil, que recém tinha se tornado independente e precisava de colonos e soldados.
Depois de tormentas e até ataque de piratas, o Argus atracou no Rio em 7 de janeiro de 1824, e um grupo de 39 imigrantes, quase todos agricultores, seguiu viagem para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde chegou no dia 25 de julho, um ano depois da partida.  Começava um novo desafio: sobreviver nessa terra ainda selvagem e, quem sabe, ter uma perspectiva de vida melhor.
A colônia prosperou, se expandiu com a chega de novas levas de colonos, e o dia 25 de julho passou a ser considerado como o marco inicial da imigração alemã no Brasil.  








Monumentos aos imigrantes, em Nova Petrópolis