quinta-feira, 7 de julho de 2022

JOGANDO VÔLEI COM A ESTERZINHA

 "Alguém topa jogar vôlei uma vez por semana?"

A mensagem chegou à tarde no grupo da redação de Zero Hora, e pouco depois já havia interessados suficientes para formar dois times. Na quarta-feira seguinte, às nove da noite, a turma saiu do prédio e atravessou a avenida Ipiranga para jogar na quadra do Colégio Protásio Alves.
Uma dúzia de marmanjos e ... a Esterzinha, uma das digitadoras. Naquele tempo ainda havia digitadores, pois no início dos anos 90 muito material era ainda datilografado. Até de alguns cronistas, que se recusaram a se adaptar à digitalização da redação e entregavam as crônicas em papel.
Morena, jovem, alta, bonita, a Esterzinha participava de todos os jogos, e depois nos acompanhava até o bar do Emílio Pedroso , fotógrafo do jornal, lá no alto do viaduto da Borges de Medeiros, para onde íamos depois matar a sede.
A turma do vôlei interessou a colegas de outras áreas, e em pouco tempo já havia gente suficiente para formar três times.
Mas um dia desses a Esterzinha sumiu. Ouvi dizer que os digitadores já não eram necessários e foram demitidos. E o interesse pelo vôlei diminuiu, até que as disputas das quartas-feiras acabaram.
Chego a pensar que a galera estava mais interessada na moça que em jogar.

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