domingo, 19 de junho de 2022

JOHN REED, UM GRINGO NO MÉXICO REBELDE

 






John Reed  era um dos repórteres mais conhecidos e bem pagos dos Estados Unidos quando, em 1913,  foi contratado pela revista Metropolitan e pelo jornal New York World para viajar ao México e fazer uma série de reportagens sobre a rebelião que eclodira três anos antes. 
Natural de Portland, Oregon, Reed não se conformava com a vida monótona da cidade e foi estudar na Universidade de Harvard. Depois de formado dedicou-se ao jornalismo, movido pela sua inquietação, a sede de buscar coisas novas e o inconformismo com as injustiças sociais. Sua pauta era encontrar Pancho Villa e acompanhar a marcha em direção ao sul, iniciada pouco antes pelo já lendário caudilho. 
John Reed teve que se adaptar a uma vida cheia de sobressaltos, acompanhando tropas formadas por peões maltrapilhos e quase sempre famintos, se alimentando de tortillas e carne às vezes crua quando não havia tempo de assá-la. Muitas vezes correu risco de vida, nos confrontos entre os rebeldes e o exército federal.
Conseguiu encontrar Villa, conquistou a sua confiança, fez várias entrevistas com ele e documentou a tomada de várias cidades  a caminho da Cidade do México. O livro México Insurgente, publicado em 1914, é um relato comovente do contato deste gringo do oeste americano com os costumes, a cultura  e o temperamento dos mexicanos, que mesmo nas horas mais difíceis e desesperadoras encontravam  motivos para cantar, amar, beber e fazer gracejos das suas próprias desgraças. 


 



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