Este cinamomo florido exala seu perfume num belo dia de primavera. Parece forte e saudável, mas não é. Metade dele já foi tomado por um parasita, a Erva de Passarinho.
Entre os vegetais há várias espécies de plantas que não têm capacidade de retirar seu alimento da terra. Se alimentam da seiva de outras árvores, como esta. A Erva de Passarinho tem este nome, dado pelos indígenas, porque suas sementes são deixadas nos galhos de árvores pelos passarinhos. Ali elas germinam e suas raízes penetram até o interior do caule da hospedeira e sugam a seiva.
Com o tempo, a planta parasita cresce e se desenvolve.
A hospedeira, enfraquecida, começa a definhar e finalmente morre, como estes cinamomos, que já não têm mais folhas e nem florescem na primavera.
Por fim, sem alimento, a Erva de Passarinho também morrerá.
Entre os humanos também há parasitas. Acham que estudar, trabalhar, dar duro para "ganhar a vida", é para os trouxas.
São sustentados pelos pais, depois por maridos ou esposas, ex-maridos ou ex-mulheres, avós, filhos, netos.
Geralmente têm alguma doença mental. Uns poucos são ricos herdeiros. Mas muitas vezes se trata apenas de vagabundos, preguiçosos, irresponsáveis, egoistas.
Parasitas.
Epílogo: depois de matar a hospedeira, a parasita tomba.
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