Palavras, mesmo escritas pelos escribas mais talentosos, não conseguem exprimir a sensação de estar diante destas cataratas. É energia demais, é beleza demais.
As cataratas do Iguaçu vistas do lado brasileiro.
Uma trilha pavimentada de um quilômetro e meio com muretas de madeira permite ao visitante apreciar toda a beleza das quedas d'água.
A criação do Parque Nacional do Iguaçu, uma área de 1.700
quilômetros quadrados onde a fauna e a flora são preservadas, teve a influência de Santos Dumont. Em visita às Cataratas do Iguaçu, em 1916, extasiado diante de tanta beleza, Dumont usou o seu prestígio para convencer o governador do Paraná, Afonso Camargo, a desapropriar a área, então de propriedade particular. Declarada de interesse público naquele mesmo ano, tornou-se Parque Nacional por decreto do governo federal em 1930.
COATIS, OS MASCOTES DAS CATARATAS
De nada adiantam os avisos divulgados nos alto-falantes dos ônibus panorâmicos que levam os turistas da entrada do Parque Nacional do Iguaçu até as cataratas: é difícil resistir a dar um pedacinho de batata-palha, bolachinha ou chocolate aos coatis que vivem junto à trilha paralela às quedas d'água. Até porque os bichinhos são fascinados pelo barulho das embalagens e não sossegam até ganharem um quitute.
O problema - como explicam os guias do parque - é que os coatis são selvagens. Se, em vez de frutas, seu alimento básico, ou pequenos animais, passarem a comer guloseimas à base de carboidratos ou açúcar, podem adoecer e até morrer.
Um coati devora um chocolate dado por um turista em vez de catar frutas nas árvores.
CIUDAD DEL ESTE, PARAGUAI
MUVUCA POUCA É BOBAGEM...
Obelisco das três fronteiras, lado brasileiro. Argentina e Paraguai também construíram seus marcos.
Pichação num muro junto à ponte da Amizade.
Foz do Iguaçu seria apenas mais uma pequena cidade fronteiriça se não tivesse duas obras colossais para exibir: uma natural, as Cataratas do rio Iguaçu, e outra feita pelo homem, a hidrelétrica de Itaipu, rio Paraná. Ambas se completam, e tornam Foz um dos principais destinos turísticos do mundo. Além disso, há as irresistíveis tentações de compras de produtos importados na vizinha Ciudad del Este, no Paraguai, e no free shop de Puerto Iguazu, na Argentina.
Moradores, empresários e administradores assimilaram com naturalidade e eficiência esta responsabilidade. Os serviços de vans e táxis para o transporte de turistas são eficientes, com preços tabelados.
Tanto o parque das Cataratas como a Hidrelétrica de Itaipu tem um excelente esquema de atendimento ao turista, com ônibus panorâmicos e guias.
Há opções de hospedagem para todos os gostos e possibilidades - dos resorts luxuosos situados perto das cataratas a hotéis confortáveis na área central da cidade.
É preciso algum tempo para assimilar a dimensão dos paredões de concreto com 190 metros de altura da barragem da hidrelétrica de Itaipu. Sua construção começou em 1975 e acabou em 1984, a um custo calculado em 20 bilhões de dólares. Foram usados 12,5milhões de metros cúbicos de concreto - 210 estádios do porte do Maracanã. A obra deu emprego direto a 40 mil pessoas.
Se num regime democrático é difícil, quase impossível, impedir o alagamento de grandes áreas para a construção de hidrelétricas, imaginem em plena ditadura militar. Foram inúteis os apelos para que as Sete Quedas de Guaíra, no rio Paraná, fossem poupadas para a formação do lago de Itaipu.
Era o maior conjunto de cachoeiras do mundo em volume de água, e rivalizava com as Cataratas do Iguaçu em beleza e importância turística.
Desde o anúncio do alagamento, em 1979, milhares de brasileiros chegaram em romaria à cidade de Guaíra para ver as Sete Quedas pela primeira ou última vez. Algumas semanas antes do fechamento do parque junto ao rio, uma das pontes usadas pelos visitantes para apreciar as cachoeiras se rompeu e 32 pessoas caíram e foram tragadas pelas águas.
As comportas da barragem de Itaipu foram fechadas, em 13 de outubro de 1982, e o lago começou avançar rio Paraná acima até encobrir as Sete Quedas, a 160 quilômetros dali, duas semanas depois. Estava consumado mais um crime contra a natureza, em nome do progresso.
"Sete Quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las...
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar...
Sete fantasmas, sete crimes,
Dos vivos golpeando a vida,
Que nunca mais renascerá..."
(Carlos Drummond de Andrade)
No Portal Guaíra há um vídeo de 26 minutos gravado por Luís Freimüller sobre as Sete Quedas Vale a pena vê-lo, neste link:
http://www.portalguaira.com/PG/guaira-e-santa-helena-video-antigo-resgata-imagens-das-7-quedas-e-salto-do-rio-sao-francisco/
Atravessar o rio Paraná pela Ponte da Amizade e "fazer umas comprinhas" em Ciudad del Este está em todos os roteiros turísticos de Foz do Iguaçu, assim como as Cataratas e a Hidrelétrica de Itaipu. Mas quem vai pela primeira vez tem que usar uma boa dose de paciência e não se importar com alguns inconvenientes.
Se o interesse do visitante é comprar um perfume, um eletrodoméstico ou uma bebida importada, os preços dos produtos são semelhantes aos de qualquer free shop, e até mesmo dos que são encontrados em lojas brasileiras, comprados em reais. Para chegar até os shoppings mais sofisticados, como o Monalisa, é preciso caminhar pelo menos 500 metros, pois as vans de turismo estacionam numa área próxima à ponte. Mas andar pelas ruas é um exercício de tolerância para com todo o tipo de vendedores de bugigangas, especialmente adolescentes, que se agarram ao pobre turista querendo empurrar suas quinquilharias, de meias a pen drives.
As mercadorias mais baratas, vendidas nas bancas das ruas e nas lojas de alguns centros comerciais, têm procedência duvidosa. São as preferidas pelos muambeiros, que as revendem nos camelódromos.
Apesar da sua importância econômica - só perde para a capital, Assunción - a cidade tem um visual feio, um trânsito caótico e é bastante insegura, mesmo para os padrões brasileiros.
A situação é tão grave que a Associação dos Empresários de Ciudad del Este, com o apoio da prefeitura e do governo do Paraguai, contratou o urbanista Cassio Taniguchi, ex-prefeito de Curitiba, para fazer um projeto de reurbanização completa da cidade.
Uma boa alternativa é fazer as compras no duty free do lado argentino das três fronteiras, logo após a ponte Tancredo Neves, também chamada de Ponte da Fraternidade, sobre o rio Iguaçu.
É bonito, organizado, com um estacionamento amplo e arborizado, e as lojas tem muita variedade de produtos, todos legítimos.
Na ida ...
ou na volta, o trânsito pela ponte é sempre confuso.
O rio Paraná, com pouca vazão devido à estiagem prolongada, e ao fundo Ciudad del Este
Inaugurada em março de 1965, a Ponte da Amizade tem 290 metros de comprimento. Liga as cidades de Foz de Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai, e foi importante para que se tornassem importantes pólos turísticos e comerciais.
TRÊS FRONTEIRAS
Esta é a Tríplice Fronteira, vista do Brasil.
À esquerda, do outro lado do rio Iguaçu, é a Argentina.
O Iguaçu deságua no rio Paraná, de águas verdes devido à falta de chuvas. Na sua margem direita, o Paraguai.
Em primeiro plano, o Espaço das Américas, prédio construído pelo governo do Paraná em 1997 para abrigar encontros políticos e culturais dos três países. Encontra-se semi-abandonado.
Obelisco das três fronteiras, lado brasileiro. Argentina e Paraguai também construíram seus marcos.
"Nacimos de muchas madres, pero aqui solo hay hermanos".
Pichação num muro junto à ponte da Amizade.
FOZ DO IGUAÇU DAS MARAVILHAS
Foz do Iguaçu seria apenas mais uma pequena cidade fronteiriça se não tivesse duas obras colossais para exibir: uma natural, as Cataratas do rio Iguaçu, e outra feita pelo homem, a hidrelétrica de Itaipu, rio Paraná. Ambas se completam, e tornam Foz um dos principais destinos turísticos do mundo. Além disso, há as irresistíveis tentações de compras de produtos importados na vizinha Ciudad del Este, no Paraguai, e no free shop de Puerto Iguazu, na Argentina.
Moradores, empresários e administradores assimilaram com naturalidade e eficiência esta responsabilidade. Os serviços de vans e táxis para o transporte de turistas são eficientes, com preços tabelados.
Tanto o parque das Cataratas como a Hidrelétrica de Itaipu tem um excelente esquema de atendimento ao turista, com ônibus panorâmicos e guias.
Há opções de hospedagem para todos os gostos e possibilidades - dos resorts luxuosos situados perto das cataratas a hotéis confortáveis na área central da cidade.
ITAIPU, MARAVILHA HUMANA
É preciso algum tempo para assimilar a dimensão dos paredões de concreto com 190 metros de altura da barragem da hidrelétrica de Itaipu. Sua construção começou em 1975 e acabou em 1984, a um custo calculado em 20 bilhões de dólares. Foram usados 12,5milhões de metros cúbicos de concreto - 210 estádios do porte do Maracanã. A obra deu emprego direto a 40 mil pessoas.
Estas 20 turbinas movidas pelas águas do rio Paraná geram a maior parte da energia elétrica consumida no Brasil e quase toda do Paraguai, que tem direito à metade dos 14 mil megawatts produzidos. O Brasil compra o excedente paraguaio.
Itaipu vista do alto dos sangradouros, secos em épocas de pouca chuva. Ao longe, Foz do Iguaçu.
SETE QUEDAS, MARAVILHA SUBMERSA
Se num regime democrático é difícil, quase impossível, impedir o alagamento de grandes áreas para a construção de hidrelétricas, imaginem em plena ditadura militar. Foram inúteis os apelos para que as Sete Quedas de Guaíra, no rio Paraná, fossem poupadas para a formação do lago de Itaipu.
Era o maior conjunto de cachoeiras do mundo em volume de água, e rivalizava com as Cataratas do Iguaçu em beleza e importância turística.
Desde o anúncio do alagamento, em 1979, milhares de brasileiros chegaram em romaria à cidade de Guaíra para ver as Sete Quedas pela primeira ou última vez. Algumas semanas antes do fechamento do parque junto ao rio, uma das pontes usadas pelos visitantes para apreciar as cachoeiras se rompeu e 32 pessoas caíram e foram tragadas pelas águas.
As comportas da barragem de Itaipu foram fechadas, em 13 de outubro de 1982, e o lago começou avançar rio Paraná acima até encobrir as Sete Quedas, a 160 quilômetros dali, duas semanas depois. Estava consumado mais um crime contra a natureza, em nome do progresso.
"Sete Quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las...
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar...
Sete fantasmas, sete crimes,
Dos vivos golpeando a vida,
Que nunca mais renascerá..."
(Carlos Drummond de Andrade)
No Portal Guaíra há um vídeo de 26 minutos gravado por Luís Freimüller sobre as Sete Quedas Vale a pena vê-lo, neste link:
http://www.portalguaira.com/PG/guaira-e-santa-helena-video-antigo-resgata-imagens-das-7-quedas-e-salto-do-rio-sao-francisco/
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