Nas primeiras palavras que troquei com Amaro, o funcionário do supermercado Asun do Imbé que pesa as frutas e verduras, achei que ele era baiano, ou ao menos nordestino.
Desde então nós (ele baiano de Salvador, eu baiano de coração) sempre batemos um papinho enquanto ela pesa as minhas compras.
Um dia desses conversamos sobre culinária - arroz de forno, guizadinho com legumes etc, quando no final ele confessou:
- Sabe, eu queria mesmo era comer uma muqueca de peixe.
E, emocionado, completou:
- Preparada pela minha mãe.
Vai ser um longo inverno...
Mas às vezes o sotaque engana. Lá Caldas Júnior dos anos 70 havia uma telefonista que chiava muito. Perguntei, um dia, de onde ela era (achando que só podia ser nordestina ou carioca). Ela respondeu:
- Ahoiu duij Ratuj...
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