sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
CAPIVARAS URBANAS
A extensa várzea da bacia do rio Tubarão, no sul de Santa Catarina, era um habitat perfeito para as capivaras. Lá elas tinham alimento farto e as águas dos banhados e dos riachos. Mas a urbanização e a drenagem das terras para a plantação de lavouras fizeram com que a população desses animais fosse diminuindo cada vez mais.
Hoje pouco mais de uma dúzia de capivaras podem ser vistas no centro da cidade de Tubarão, convivendo com os humanos, apesar do trânsito de carros e da poluição. Comem a grama desta avenida que margeia o rio, e às vezes atravessam a rua para degustar as flores dos jardins, causando problemas para os motoristas, obrigados a parar para deixá-las passar.
Elas não estão nem aí.
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2 comentários:
Comentário do meu amigo/irmão Vladilen Villar, colega no colégio Júlio de Castilhos (Julinho) de Porto Alegre, engenheiro, professor-doutor, que escolheu Tubarão para viver - e não se arrependeu:
"Bueno, claro que o espaço foi diminuindo, mas as capivaras, famílias inteiras, desde as miudinhas até as taludas convivem conosco. Sou tubaronense por opção. Moro na beira do rio e elas nos brindam com sua vida pacata, comendo os matinhos (os mais tenros e gostosos) de cima para baixo. Há uns cocozinhos (parecidos com os de ovelhas) que todos respeitam e se esquivam para não carregar nos tênis, comuns nas caminhadas à beira-rio. Estabeleceu-se um convívio salutar e respeitoso; os mais afoitos tomam fotos como a que o Clovis nos deu a honra de publicar para o mundo. Mas não passa disso. Já houve algum atropelamento, mas, certamente com grandes crises morais dos humanos; desconheço registros de baixas. Venha ver as Capivaras em Tubarão, afinal, elas contribuíram com o nome de um afluente do Rio Tubarão e do município que daqui se emancipou há uma vintena de anos, "Capivari de Baixo" (para diferenciar-se dos demais Capivaris existentes no país); sede da maior termelétrica a carvão da América do Sul: Complexo Jorge Lacerda (hoje da multinacional Tractebel Energia / Grupo Suez)."
Vladi: não pude deixar de parar o carro e fotografar as capivaras pastando tranquilas e felizes na margem do rio Tubarão. Sabe como são os jornalistas. Depois fui pesquisar os hábitos destes bichinhos tão simpáticos e inofensivos. Descobri que há vários rios e cidades no país com o nome de Capivari: no idioma tupi, rio de capivaras. E fiquei imaginando: como era boa a vida delas nestes banhados. Ainda bem que a turma ainda consegue viver em paz, tomando banho no rio Tubarão e comendo as graminhas da beira da avenida. Um abraço!
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