Esta estranha forma de demonstrar alegria começa no Natal e vai se
intensificando à medida que o dia 31 se aproxima. A cada ano as bombas são mais
potentes. Parece que a manifestação de felicidade destas pessoas depende
do número de decibéis dos foguetes, semelhante a tiros de canhão.
Insensíveis ao sofrimento dos animais e aos incômodos que causam aos
vizinhos, não se contentam em apreciar os shows pirotécnicos que as prefeituras
oferecem na hora da virada à beira-mar. E apenas curtir com a família e os
amigos as últimas horas do ano, num clima de alegria e confraternização, como
era antigamente.
Veranistas e moradores gastam em fogos - literalmente queimando
dinheiro - quando poderiam (por que não?) - fazer doações a entidades que
procuram tornar menos tristes os finais de ano dos carentes. Podem comprá-los em
qualquer mercadinho de esquina - por baixo do poncho, porque por lei apenas
estabelecimentos autorizados e fiscalizados pelos bombeiros poderiam vendê-los.
Já que apelar ao bom senso e o respeito ao próximo é cada vez mais
inútil, talvez as prefeituras pudessem agir com mais rigor para impedir a
comercialização dos fogos em estabelecimentos não autorizados.
Só tornando mais difícil a compra será possível
conter estes bárbaros do século 21.
Para quero-queros e corujas, as "comemorações" dos humanos são uma tortura
(clique sobre as fotos para ampliá-las)
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