quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O SINO DO MILÊNIO, VATICANO




1980: o chefe de reportagem de um jornal localizado no centro de Porto Alegre, criado numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, ouve o sino da Catedral bater compassadamente seis vezes.  Telefona para a Cúria Metropolitana e pergunta quem morreu.
Resposta: ninguém morreu. É apenas a badalada da hora do Angelus...

1999: o papa João Paulo II encomenda um sino especial para celebrar os dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo.




O sino do Jubileu nos jardins do Vaticano. 
Esta foto é de uma reportagem do site da UOL, que pode ser vista no endereço abaixo:

http://viagem.uol.com.br/album/jardinsdovaticano_album.jhtm#fotoNav=12


Além do Jubileu da Igreja Católica, o início do novo ano marcava também o início do Ano Santo, que acontece a cada 25 anos. No dia 24 de dezembro, véspera do Natal de 1999, João Paulo II tocou o sino e em seguida abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro.
Depois de bater três vezes na porta com um martelo de prata, o papa exclamou: "abram-se para mim as portas da Justiça". Essa tradição tem sua origem no século XV, quando as pessoas perseguidas pela Justiça buscavam asilo em igrejas.
De bronze, com seis metros de circunferência e cinco toneladas de peso, o Sino do Jubileu, doado à Santa Sé pela Fundição Marinelli, tem um brasão em que o papa aparece abrindo a Porta Santa. Ao fundo, o triângulo e o Olho de Deus. A relíquia pode ser vista nos jardins no Vaticano.




Milhares de réplicas, com os mesmos símbolos e sonoridade do sino original, com oito centímetros de altura, foram produzidas para que os católicos de todo mundo participassem das celebrações da chegada do terceiro milênio, que duraram até o dia 6 de janeiro de 2001.












"O Sino do Jubileu: este sino é a fiel reprodução do grande Sino do Jubileu realizado em Agnone pela histórica Pontifícia Fundição Marinelli e dedicado a Sua Santidade João Paulo II para celebrar o nascimento do Terceiro Milênio. Sua voz se unirá àquelas de todos os sinos do mundo para pressagiar aos homens paz e serenidade."




"Jubilaeum MM: o grande Sino do Jubileu, fundido pela milenária Pontifícia Fundição Marinelli de Agnone, pesa 5 toneladas e tem um diâmetro de 6 metros e responde a nota musical Sol grave. Traz em relevo o grande olho "Uno a Trino", a Porta Santa e  o emblema de João Paulo II com seu lema "Totus Tuus". Representa o símbolo do novo milênio e é voz de bom presságio do Papa para todo o mundo. O sino foi reproduzido em miniatura qual lembrança do Jubileu para quantos quiserem conservar um testemunho do grande evento."

(textos publicados nas embalagens das réplicas)





Os sinos e suas mensagens


Os primeiros registros do uso de sinos - do latim signum, sinal - são do século VI. Nos mosteiros italianos, os monges eram alertados pelas badaladas para os horários de acordar, rezar, comer e dormir.
Nos séculos seguintes, as igrejas também passaram a ter campanários, palavra derivada de Campânia, região do sul da Itália rica em jazidas de bronze - o metal com melhor sonoridade - onde estavam localizadas as principais fundições produtoras de sinos.
Os sinos das igrejas, além de convocar os fiéis para as missas, sinalizavam as notícias mais importantes para a comunidade: falecimentos, nascimentos, vitórias nas batalhas, ataque iminente, visitas de autoridades à cidade.
Em atividade desde o ano 1.000, a Fundição Marinelli, localizada em Agnone, nos montes Apeninos, é a mais antiga empresa familiar da Itália e uma das 30 mais antigas do mundo. Seus sinos podem ser vistos - e ouvidos - em todos os países onde existem igrejas católicas. Além de sinos, saem de seus fornos portais de bronze e outros objetos religiosos.


Veja no site da Marinelli, entre outras coisas interessantes, como se fabrica um sino:

http://www.campanemarinelli.com/












2 comentários:

Tânia Melo disse...

Acaso, foi feita reprodução desse sino, em réplica do tipo sovenir?

Clovis Heberle disse...

Sim, Tânia, foram feitas réplicas na época. Compramos esta da foto através do site do Santuário Nacional de Aparecida, WWW.A12.com.

Um abraço
Clovis