

É insuportavelmente longo o inverno no litoral gaúcho para seres humanos que não têm renda fixa e cães sem donos. Os biscates rareiam para os humanos, assim como os churrascos dominicais que fazem a alegria dos canídeos. O lixo das poucas casas de moradores é disputado por cães organizados em matilhas, cada uma dona de uma área, defendida em brigas que não raro resultam em ferimentos graves e mortes.
Para as famílias humanas existem programas sociais que garantem a subsistência e a assistência médica, mas cães e gatos não merecem qualquer atenção por parte das prefeituras. Como o frio e a alimentação deficiente não os impedem de se reproduzir, é comum aparecerem ninhadas em varandas de casas vazias, obras e outros lugares onde as cadelas possam se abrigar até os filhotes crescerem o suficiente para lutar pelo seu alimento ou morrerem de frio e inanição, caso as mães não tenham leite suficiente para alimentá-los.
Mas há duas semanas os moradores do Imbé foram surpreendidos por uma cena comovente: duas cadelas cavaram buracos - verdadeiras grutas - nos cômoros de areia próximos à avenida Caxias, e lá tiveram suas ninhadas. Dias depois do parto, reuniram os filhotes num só buraco, e passaram a cuidar deles juntas. Enquanto uma fica junto a eles, e os amamenta, a outra fica de guarda, não deixando estranhos se aproximar. As exceções são aqueles moradores como Pedro e Jane, Sérgio e Malu, que passaram a levar-lhes água e comida, e estão tratando de conseguir quem adote cadelas e filhotes. Todos são lindos e com boa saúde, como mostram estas cenas gravadas pela Jane e colocadas no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=2b8p0Z4yfiA
Para as famílias humanas existem programas sociais que garantem a subsistência e a assistência médica, mas cães e gatos não merecem qualquer atenção por parte das prefeituras. Como o frio e a alimentação deficiente não os impedem de se reproduzir, é comum aparecerem ninhadas em varandas de casas vazias, obras e outros lugares onde as cadelas possam se abrigar até os filhotes crescerem o suficiente para lutar pelo seu alimento ou morrerem de frio e inanição, caso as mães não tenham leite suficiente para alimentá-los.
Mas há duas semanas os moradores do Imbé foram surpreendidos por uma cena comovente: duas cadelas cavaram buracos - verdadeiras grutas - nos cômoros de areia próximos à avenida Caxias, e lá tiveram suas ninhadas. Dias depois do parto, reuniram os filhotes num só buraco, e passaram a cuidar deles juntas. Enquanto uma fica junto a eles, e os amamenta, a outra fica de guarda, não deixando estranhos se aproximar. As exceções são aqueles moradores como Pedro e Jane, Sérgio e Malu, que passaram a levar-lhes água e comida, e estão tratando de conseguir quem adote cadelas e filhotes. Todos são lindos e com boa saúde, como mostram estas cenas gravadas pela Jane e colocadas no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=2b8p0Z4yfiA
Ponto final: uma história tão bela teve um desfecho trágico. Na madrugada chuvosa desta quarta-feira, dia 30, as duas cadelas e alguns filhotes morreram soterrados na gruta. Os seus protetores haviam construído uma casinha para elas, mas aparentemente as cadelas continuavam considerando que o buraco que cavaram era o melhor refúgio para escapar das chuvas fortes que já duravam três dias. Com o peso da água, a areia desabou sobre os animais.
Só sobreviveram os cinco filhotes que já haviam sido levados para adoção.