quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

SETE POR UM


Abu Dabi, Dubai, Sharjah, Ras al Khaimah, Fujairah, Umm al Qaiwain e Ajman eram protetorados britânicos até 1971. Independentes, formaram uma federação em que cada emirado tem uma relativa autonomia, mas todas as decisões na área da economia e das relações exteriores são tomadas por um conselho formado pelos emires. Abu Dabi, com 87% do território e a maior parte das reservas de petróleo, tem direito à presidência do conselho e a ser a capital do país. Dubai, obcecada pelo futuro, cérebro da federação, é hoje a maior e a mais moderna cidade de toda a região. Os outros cinco emirados são pouco mais do que cidades-estados cercadas de deserto.

A maioria dos quase quatro milhões de habitantes do país são estrangeiros - indianos, afegãos, paquistaneses, palestinos, filipinos, iranianos e iraquianos formam um mosaico de feições, trajes e línguas. Todos são trabalhadores em busca de oportunidades e boa remuneração. O tempo de permanência depende do contrato de trabalho, que vale como um visto. Terminado o contrato, eles voltam para seus países, com Dirhams, a moeda local, suficientes para iniciar uma nova vida.
Regidos pelo islã, os emirados usam o Alcorão como código civil e penal. Bebidas alcoólicas são proibidas, ladrões têm as mãos amputadas, as mulheres devem cobrir o corpo com burkas. Contudo, cada membro da federação adota as leis de Maomé com maior ou menor rigidez. Dubai é o mais flexível, Sharjah o mais rígido. Hotéis internacionais podem servir bebidas alcoólicas, e seus bares são pontos de encontro dos estrangeiros ávidos por uma cervejinha gelada.
Este post é o relato de uma semana num país em que os restaurantes só oferecem bebidas sem álcool, as mulheres ocultam seus corpos e a criminalidade é insignificante. Um país que, graças ao petróleo, não tem imposto de renda. Um país em que tudo é novo, moderno e amplo, pois há espaço de sobra - é só avançar sobre as areias do deserto.

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