Este vilarejo do emirado de Fujairah, nos montes Hajar, está bem longe da opulência proporcionada pela exploração de petróleo. A maioria da população vive da agricultura e da pecuária.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
WHADI
VERDE, CINZA
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
SAFÁRI NO DESERTO
Conhecer o deserto é um dos mais solicitados passeios de quem visita os Emirados Árabes. Em vez de camelos, embarcamos numa Toyota Hilux com tração nas quatro rodas e ar refrigerado. Mesmo assim, a excitação do nosso grupo de jornalistas e dos turistas franceses que seguiram em outro veículo era enorme.
O motorista parou num posto da estrada para tirar ar dos pneus. Explicou que isto era necessário para não atolar na areia. Poucos quilômetros depois saímos do asfalto e seguimos por uma trilha na areia. Um tropeiro de camelos nos chamou a atenção. Pedimos para parar e tiramos fotos - e esta foi a primeira de tantas outras paradas.
Saímos da trilha e , à beira do pânico, passamos a subir e descer dunas enormes. O motorista sorria e pisava fundo no acelerador. A emoção fazia parte do programa. Duas horas depois , já no fim da tarde, chegamos a um lugar onde havia duas tendas. Um árabe de pele escura ajudou os motoristas das caminhonetes a descarregar as caixas de comida e bebidas - até latas da proibida cerveja. Ele colocou a carne, de carneiro e de frango, numa churrasqueira portátil e acendeu o carvão.
Os motoristas, também guias turísticos, perguntaram se alguém queria fazer um passeio de camelo, a dez dólares por pessoa. Todos topamos. Um beduíno, que só falava árabe, nos ajudou a subir nos camelos e os puxou pelas rédeas por 100 metros, o suficiente para sentir a sensação de andar lá em cima, equilibrados sobre a corcova.
Depois do jantar (carne assada, batata, tomate), noite escura, saí a caminhar pela areia. Em poucos minutos as vozes foram sumindo. Caminhei até o silêncio e a escuridão do deserto me envolverem completamente.
O motorista parou num posto da estrada para tirar ar dos pneus. Explicou que isto era necessário para não atolar na areia. Poucos quilômetros depois saímos do asfalto e seguimos por uma trilha na areia. Um tropeiro de camelos nos chamou a atenção. Pedimos para parar e tiramos fotos - e esta foi a primeira de tantas outras paradas.
Saímos da trilha e , à beira do pânico, passamos a subir e descer dunas enormes. O motorista sorria e pisava fundo no acelerador. A emoção fazia parte do programa. Duas horas depois , já no fim da tarde, chegamos a um lugar onde havia duas tendas. Um árabe de pele escura ajudou os motoristas das caminhonetes a descarregar as caixas de comida e bebidas - até latas da proibida cerveja. Ele colocou a carne, de carneiro e de frango, numa churrasqueira portátil e acendeu o carvão.
Os motoristas, também guias turísticos, perguntaram se alguém queria fazer um passeio de camelo, a dez dólares por pessoa. Todos topamos. Um beduíno, que só falava árabe, nos ajudou a subir nos camelos e os puxou pelas rédeas por 100 metros, o suficiente para sentir a sensação de andar lá em cima, equilibrados sobre a corcova.
Depois do jantar (carne assada, batata, tomate), noite escura, saí a caminhar pela areia. Em poucos minutos as vozes foram sumindo. Caminhei até o silêncio e a escuridão do deserto me envolverem completamente.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
SEM BURCA
domingo, 20 de janeiro de 2008
O DIA DE ALÁ
sábado, 19 de janeiro de 2008
MUROS ALTOS
ESPOSAS VALEM OURO
A auto-estrada para a região montanhosa dos Emirados Árabes, no Golfo de Oman, tem pistas perfeitas e bem sinalizadas. Aqui é o fim do deserto e o início das montanhas, que os Emirados dividem com o Sultanato de Oman.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
ÀS COMPRAS
Não faltam shopings luxuosos, bonitos e enormes nos Emirados. O país não cobra taxas de importação, o que o torna um imenso free-shop.
Na foto acima, à esquerda, um morador de Sharjah com suas duas esposas. À direita, consumidoras russas, numerosas e facilmente identificáveis pelas roupas de gosto duvidoso. A União Soviética havia se dissolvido dois anos e meio antes, em dezembro de 1991, e a população estava ávida por produtos ocidentais. As russas chegavam em aviões fretados da Aeroflot, faziam compras e voltavam no dia seguinte.
Na foto acima, à esquerda, um morador de Sharjah com suas duas esposas. À direita, consumidoras russas, numerosas e facilmente identificáveis pelas roupas de gosto duvidoso. A União Soviética havia se dissolvido dois anos e meio antes, em dezembro de 1991, e a população estava ávida por produtos ocidentais. As russas chegavam em aviões fretados da Aeroflot, faziam compras e voltavam no dia seguinte.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
GOLFO PÉRSICO, GOLFO DE OMAN
SETE POR UM
Abu Dabi, Dubai, Sharjah, Ras al Khaimah, Fujairah, Umm al Qaiwain e Ajman eram protetorados britânicos até 1971. Independentes, formaram uma federação em que cada emirado tem uma relativa autonomia, mas todas as decisões na área da economia e das relações exteriores são tomadas por um conselho formado pelos emires. Abu Dabi, com 87% do território e a maior parte das reservas de petróleo, tem direito à presidência do conselho e a ser a capital do país. Dubai, obcecada pelo futuro, cérebro da federação, é hoje a maior e a mais moderna cidade de toda a região. Os outros cinco emirados são pouco mais do que cidades-estados cercadas de deserto.
A maioria dos quase quatro milhões de habitantes do país são estrangeiros - indianos, afegãos, paquistaneses, palestinos, filipinos, iranianos e iraquianos formam um mosaico de feições, trajes e línguas. Todos são trabalhadores em busca de oportunidades e boa remuneração. O tempo de permanência depende do contrato de trabalho, que vale como um visto. Terminado o contrato, eles voltam para seus países, com Dirhams, a moeda local, suficientes para iniciar uma nova vida.
Regidos pelo islã, os emirados usam o Alcorão como código civil e penal. Bebidas alcoólicas são proibidas, ladrões têm as mãos amputadas, as mulheres devem cobrir o corpo com burkas. Contudo, cada membro da federação adota as leis de Maomé com maior ou menor rigidez. Dubai é o mais flexível, Sharjah o mais rígido. Hotéis internacionais podem servir bebidas alcoólicas, e seus bares são pontos de encontro dos estrangeiros ávidos por uma cervejinha gelada.
Este post é o relato de uma semana num país em que os restaurantes só oferecem bebidas sem álcool, as mulheres ocultam seus corpos e a criminalidade é insignificante. Um país que, graças ao petróleo, não tem imposto de renda. Um país em que tudo é novo, moderno e amplo, pois há espaço de sobra - é só avançar sobre as areias do deserto.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
TERNO DE REIS, TRADIÇÃO NO CAMPECHE
A tradição açoriana do Terno de Reis praia do Campeche: antigos moradores mantém o costume de sair pelas ruas na véspera de Natal com violão, cavaquinho, atabaque, pandeiro e gaita para, cantando músicas trazidas dos Açores por seus antepassados, desejar aos vizinhos um feliz Natal e Ano-Novo.
Os cantores , quase todos da mesma família, vão de casa em casa, batem à porta e perguntam se os moradores querem ouví-los. Aceitos, repetem a cantoria e na despedida pedem uma colaboração. Notas e moedas são colocadas num saco de pano. A maratona só termina de madrugada.
Mercesdes Soza canta Los Reyes Magos, da Misa Criolla, de Ariel Ramirez:
https://www.youtube.com/watch?v=Y_-EXo1ieZA
Os cantores , quase todos da mesma família, vão de casa em casa, batem à porta e perguntam se os moradores querem ouví-los. Aceitos, repetem a cantoria e na despedida pedem uma colaboração. Notas e moedas são colocadas num saco de pano. A maratona só termina de madrugada.
Mercesdes Soza canta Los Reyes Magos, da Misa Criolla, de Ariel Ramirez:
https://www.youtube.com/watch?v=Y_-EXo1ieZA
Pertencia à dona Chica, matriarca de uma família enorme, com filhos, netos, bisnetos e tataranetos espalhados pela região. Seu falecido marido, pescador, era dono de boa parte dos terrenos da região.
Foi vendida e demolida.
MEMÓRIAS DE VERÃO: A PM ROBERTA
Durante os longos anos da ditadura militar, os PMs eram muito mais temidos do que depois da redemocratização. Nos anos 70 cheguei a ser detido e levado para a delegacia de Polícia de Ipanema por ter subido na guarita dos salva-vidas para apreciar o entardecer - naquele tempo se veraneava nos bairros à beira do Guaíba, como Tristeza, Assunção, Pedra Redonda, Guarujá.
No verão de 2008, a beleza da salva-vidas do posto 131 do Imbé , uma PM chamada Roberta chamava a atenção. Cheio de temores - podia ser preso novamente, dessa vez por desacato a autoridade - , criei coragem e perguntei se podia fazer uma foto dela.
Ela não só concordou como fez pose e depois pediu uma cópia.
Nunca houve uma salva-vidas bela como a PM Roberta.
No verão de 2008, a beleza da salva-vidas do posto 131 do Imbé , uma PM chamada Roberta chamava a atenção. Cheio de temores - podia ser preso novamente, dessa vez por desacato a autoridade - , criei coragem e perguntei se podia fazer uma foto dela.
Ela não só concordou como fez pose e depois pediu uma cópia.
Nunca houve uma salva-vidas bela como a PM Roberta.
PESCA DE CANOA
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