quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

MONTEVIDEANAS



Rapazes fumam baseados na Ciudad Vieja, divertindo-se com o espanto dos turistas que os fotografam.  Plantar e fumar maconha não é proibido aos cidadãos uruguaios.  A compra de uma quantia considerada como de consumo próprio também será permitida pelo projeto aprovado pelo Congresso, mas ele ainda não foi totalmente regulamentado. Falta definir como será a comercialização, restrita a farmácias autorizadas. 
O presidente Tabaré Vazquez não parece, ao contrário do seu antecessor Jose Mujica, ter pressa em facilitar o acesso à droga. Talvez por ser médico, e saber das consequências do seu uso, principalmente entre jovens.



 Plantas de canabis sativa decoram a entrada desta loja, a 200 metros do Mercado do Porto. Lá dentro,  quase tudo que está exposto é feito com fibras de cânhamo, e o cheiro característico da erva domina o ambiente. Eventualmente o freguês pode ser convidado a compartilhar de um baseado, mas não há o produto à venda.







A maioria dos fregueses são turistas querendo un recuerdo







 

 A partir de 1ª de julho de 2017, cinco meses depois da publicação deste post, a venda de maconha em farmácias foi autorizada.


DA TORTURA AO CONSUMO



O presídio de Punta Carretas, construído em 1910, foi o mais conhecido centro de tortura e assassinato de presos políticos durante a ditadura militar do Uruguai (1973-1985).  
O ex-presidente José "Pepe" Mujica, líder tupamaro, passou mais de 10 anos preso nele.  



Demolido na década de 1990, restou do presídio apenas a fachada. Ele agora é o mais sofisticado shopping da capital uruguaia. 



POR LAS CALLES







Em fevereiro tem carnaval. 
Ao ritmo do murgas e candombes,  18 comparsas de foliões desfilaram pelas ruas Carlos Gardel e Ilha das Flores, na Cidade Velha,  para um público de 20 mil pessoas, com transmissão ao vivo pelas tevês

 
Fotos do jornal El Pais, de Montevidéu




Comparada com as cidades brasileiras, Montevidéu é uma cidade segura. Pode-se caminhar sem medo pelas ruas, admirar seus prédios históricos, sentar num café com mesas na calçada.
 Mas os táxis, para a segurança dos motoristas, têm uma divisória. Os passageiros ficam no banco de trás, apertados, e sem ar condicionado. O pagamento (só em dinheiro) é feito por uma abertura. E a divisória priva o passageiro de conversar com o taxista.
Os carros, em geral, são antigos e mal conservados. 
A exceção é a frota do aeroporto, de confortáveis camionetes Mercedes Benz, com ar condicionado - e sem divisórias.



Contêineres como estes estão espalhados pela cidade. 
Um para lixo seco, outro para reciclável. 




Já não há mais lugar para os apaixonados colocarem cadeados (para depois jogar a chave fora), em sinal de eterna paixão, na fonte do Facal,  o café mais tradicional do centro.




Junto à fonte, dançarinos de tango se apresentam todas as tardes para os frequentadores e para quem passa na avenida 18 de Julho.  Numa das mesas, um Gardel de bronze aprecia o bailado. 



 






Na calçada do café Facal,  uma estatueta de Ghiggia comemorando o gol que deu o título mundial  ao Uruguai, em jogo contra o Brasil na Copa do Mundo de 1950


 









Caminhar pela avenida 18 de Julho até a Intendência (prefeitura) é uma boa maneira de apreciar Montevidéu.  A avenida tem lojas, cafés e belíssimos prédios do início do século passado. 



A Intendência, um dos edifícios mais altos da capital uruguaia, tem um elevador panorâmico para levar os turistas até um  mirante, de onde se vê toda a cidade. 

A programação cultural de Montevidéu é rica, e não pode ser ignorada por quem passa alguns dias por lá. Além do teatro Solis, há o moderníssimo teatro Sodre, na Ciudad Vieja,  com espetáculos de música clássica e popular, óperas e dança. 



DOMINGO NAS RAMBLAS





Do centro da cidade até o bairro Carrasco, ao norte, são 25 quilômetros de praias urbanas. O banho depende da temperatura do ar e da água do rio da Prata. Mas sempre é possível dar uma caminhada, tomar mate, pescar, relaxar num dos calçadões. 


Pocitos, a praia mais frequentada, lembra... Copacabana, claro. 


Cadeirantes têm acesso confortável







Katy Perry vivia na rua.  Depois de adotada, se revelou uma fã da cantora e ganhou o nome dela. "Ela sempre dança quando ouve  uma música da Katy", conta a sua dona e mãe. 
Outra curtição da cachorrinha é tomar banho no rio, para depois se aquecer ao sol. Lembranças dos tempos de gaudéria...








Montevidéu. Cidade de onde se parte com vontade de voltar.





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