domingo, 8 de maio de 2016

PRAIAS, PATRIMÔNIO DE TODOS



Entardecer na praia da Pitinga, um dos mais belos cenários do litoral brasileiro, no dia 30 de agosto de 2015. 
As mesas e cadeiras das barracas já foram retiradas da praia, onde a esta hora os poucos moradores e turistas que aproveitaram até o fim este domingo ensolarado caminham de volta ao vilarejo do Arraial da Ajuda, em Porto Seguro, Bahia. 


O mesmo cenário oito meses depois, em maio de 2016. A maré subiu mais do que o normal - fenômeno cada vez mais frequente - e as ondas derrubaram a maioria das barracas de praia. De nada adiantaram os sacos de areia colocados pelos barraqueiros.







Cenas desoladoras: caiaques, mesas e cadeiras viraram entulhos; coqueiros caídos expõem suas raizes




Praia do Mucugê, no Arraial da Ajuda. 
Caminhar pela beira do mar é difícil e arriscado depois que o muro do Eco Parque Aquático desabou, fustigado pelas ondas fortes, em dezembro de 2015. 
Um novo muro está sendo construído junto ao antigo e as pedras caídas continuam na praia,  numa agressão aos direitos dos frequentadores e à natureza. 
Eco Parque? Por que Eco Parque?





A legislação brasileira determina a preservação, como área de marinha, de uma faixa de 33 metros a partir da preamar média. Em regiões turísticas, estes terrenos valiosos são ocupados  por barracas de praia, pousadas "pé na areia",  condomínios e mansões. 
De vez em quando o mar vem cobrar o que é dele, mas de nada adianta, pois tudo é reconstruído.   
Os abusos são tantos em todo o litoral brasileiro, os abusadores são quase sempre poderosos e os responsáveis pelo cumprimento das leis tão omissos que está na hora de começar um movimento em defesa das praias.
Elas são um patrimônio de todos.









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