Entardecer na praia da Pitinga, um dos mais belos cenários do litoral brasileiro, no dia 30 de agosto de 2015.
As mesas e cadeiras das barracas já foram retiradas da praia, onde a esta hora os poucos moradores e turistas que aproveitaram até o fim este domingo ensolarado caminham de volta ao vilarejo do Arraial da Ajuda, em Porto Seguro, Bahia.
O mesmo cenário oito meses depois, em maio de 2016. A maré subiu mais do que o normal - fenômeno cada vez mais frequente - e as ondas derrubaram a maioria das barracas de praia. De nada adiantaram os sacos de areia colocados pelos barraqueiros.
Cenas desoladoras: caiaques, mesas e cadeiras viraram entulhos; coqueiros caídos expõem suas raizes
Praia do Mucugê, no Arraial da Ajuda.
Caminhar pela beira do mar é difícil e arriscado depois que o muro do Eco Parque Aquático desabou, fustigado pelas ondas fortes, em dezembro de 2015.
Um novo muro está sendo construído junto ao antigo e as pedras caídas continuam na praia, numa agressão aos direitos dos frequentadores e à natureza.
Eco Parque? Por que Eco Parque?
De vez em quando o mar vem cobrar o que é dele, mas de nada adianta, pois tudo é reconstruído.
Os abusos são tantos em todo o litoral brasileiro, os abusadores são quase sempre poderosos e os responsáveis pelo cumprimento das leis tão omissos que está na hora de começar um movimento em defesa das praias.
Elas são um patrimônio de todos.
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