sábado, 27 de fevereiro de 2010

A SOMÁLIA NÃO É AQUI




Se esta fosse a costa da Somália, os navios petroleiros que aguardam a vez de descarregar no terminal de Tramandaí, no sul do Brasil, seriam presas fáceis para os piratas. Nesta semana havia nove navios na fila.
Mas, voltando aos piratas: na semana passada a Rede Globo mostrou uma boa reportagem do Pedro Bassin, correspondente em Lisboa, sobre a heróica ação de um navio de guerra português apoiado por helicópteros contra um barquinho com motor de popa tripulado por quatro perigosos piratas armados de espingardinhas na costa somali. Só o vento das hélices do helicópteros bastou para que eles jogassem as armas ao mar e levantassem os braços em rendição.
No final da reportagem, uma informação surpreendente: os resultados dos resgates são distribuídos entre a população que se esconde nas falésias junto às praias.
Se tivesse ido um pouco mais longe, Bassin poderia ter dito que, além da miséria e do caos provocados por uma interminável guerra civil iniciada há mais de dez anos, a pirataria é consequência da pilhagem dos outrora fartos cardumes nos mares somalianos por pesqueiros japoneses, europeus e de países vizinhos. Os peixes eram a principal fonte de alimentação dos somalis, que agora recorrem à pirataria para sobreviver.



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