sexta-feira, 26 de junho de 2015

DE VOLTA


Lancha da Petrobras entra na barra do rio Tramandaí para atracar




terça-feira, 9 de junho de 2015

FREE WAY






domingo, 7 de junho de 2015

VERANICO DE JUNHO







Domingo, 7 de junho de 2015. 
A duas semanas do início do inverno,  sol e calor de 28 graus na beira da praia, em Imbé/RS.


terça-feira, 12 de maio de 2015

A HORA DA ENERGIA SOLAR

"Sol, mi padre sol,
calienta el aire con tu llama secular"

Cantata Sudamericana, de Ariel Ramirez e Felix Luna




Um casal de professores residentes no Litoral Norte do RS, ele de natação e ela de hidroginástica, está realizando um antigo sonho: ter a sua própria escola, com piscina térmica coberta. O projeto prevê o uso da energia solar para aquecer a água, parte da qual será coletada das chuvas. Feitas as contas, comprovaram que, mesmo com um custo inicial alto, gastarão bem menos do que usando eletricidade ou lenha, e em alguns anos o investimento dará retorno. 
Antes tarde do que nunca, o Brasil começa a acordar para as vantagens de usar o sol como fonte de energia. 
Mas acorda tarde, muito tarde:  em países como Israel, Alemanha e Estados Unidos é comum as casas, edifícios, empresas e fábricas terem coletores solares para o aquecimento de água e a alimentação de baterias fotovoltaicas, que fornecem energia para aparelhos eletrodomésticos. No Brasil, um dos países mais ensolarados do mundo,  nem a tremenda crise hídríca que a cada ano se torna mais aguda tem motivado o governo mudar a sua política energética para estimular o uso da energia solar. Pelo contrário: continua gastando fortunas na construção de uma terceira usina nuclear em Angra dos Reis, na contramão de uma tendencia mundial de desativação dessas usinas e o uso de fontes energéticas limpas.
Apesar disso, a venda de equipamentos tem aumentado: assim como os professores gaúchos, muitos empresários, especialmente donos de hotéis, têm investido na substituição da energia elétrica e das caldeiras a gás ou madeira, mesmo que os custos ainda sejam muito altos e o retorno demore até dez anos.  Em 2014, a utilização de energia solar no Brasil aumentou 300 por cento. No Rio Grande do Sul, duas empresas de painéis solares estão instalando fábricas, em Rio Grande e em Bento Gonçalves.
Governos de estados assolados pela falta de água também resolveram agir. Em 2013 Minas Gerais eliminou o ICMS da geração de energia solar. São Paulo, Pernambuco e Goiás seguiram o exemplo, e em abril deste ano o Conselho Nacional de Política Fazendária autorizou os demais estados a fazerem o mesmo.   





Na Alemanha já existem 1,5 milhão de instalações para a geração de energia elétrica captada do sol.  Em junho do ano passado, no auge do verão, a energia solar chegou a fornecer 50 por cento das necessidades do país. 
 No Brasil as usinas solares não chegam a cem. Além dos altos custos dos equipamentos e da falta de incentivos governamentais para a sua produção e comercialização, os impostos são altos. Só a energia eólica tem benefícios fiscais. 





Placas de captação de energia solar nos edifícios de uma cidade israelense. Clique sobre a foto para ampliá-la. 

O governo alemão dá incentivos a quem coloca painéis solares para o aquecimento de água nas casas. Num país como o Brasil, um dos mais ensolarados do mundo, não seriam necessários tantos... 





sábado, 25 de abril de 2015

JAGUARUNA

 O AEROPORTO DO SUL DE SANTA CATARINA



A TAM iniciou no dia 27 de abril de 2015, vôos diários, de segunda a sexta-feira, entre o aeroporto Regional Sul de SC, em Jaguaruna, e o de Congonhas, em São Paulo.
 Inaugurado em dezembro de 2010, o aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi vai atender 48 municípios, onde vivem 900 mil pessoas. 
União, o governo de Santa Catarina e os municípios da região gastaram R$ 60 milhões para a construção do terminal de passageiros, da pista de 2.500 metros e da estrada asfaltada de 4,8 quilômetros até a BR 101.
 A operação do aeroporto é de uma empresa privada. 







Um mês antes da chegada do primeiro Airbus A319 o terminal
de passageiros de Jaguaruna já estava pronto: ar condicionado
(15 aparelhos de 60 mil BTUs), salas de embarque e desembarque, escada rolante e cafeteria. 




Desde que a Infraero e o governo catarinense decidiram que seria necessário construir um novo aeroporto no sul de Santa Catarina - a outra opção seria ampliar o de Criciúma - os prefeitos de Tubarão, Laguna e Araranguá apresentaram seus municípios como a melhor alternativa. Associações comerciais e industriais, as universidades e a bancada de senadores e deputados se uniram para conseguir os recursos para a obra. 
A decisão por Jaguaruna, numa área deserta, que não necessitou de expropriações de casas,  foi tomada por critérios técnicos. 
O aeroporto fica a cerca de 30 quilômetros de Tubarão, 40 de Laguna e a 50 de Criciúma. Está no meio do rico pólo industrial  e comercial em que se transformou o sul de Santa Catarina, com um grande número de fábricas, especialmente de cerâmica. 
A necessidade de um novo aeroporto pode ser medida pela procura de passagens: quase todos os lugares dos primeiros quinze dias  de vôos foram comprados logo depois do início das vendas.





  


quarta-feira, 22 de abril de 2015

VIVER, SONHAR




"Uma vida não basta apenas ser vivida: também precisa ser sonhada"

Mario Quintana


Foto: túnel verde, em Cidreira, RS
Clique sobre ela para ampliá-la



terça-feira, 14 de abril de 2015

IMBITUBA




Imbituba não está no circuito de praias charmosas do litoral catarinense. 
Mas sair da BR-101 e andar quatro quilômetros até a cidade, conhecida pelo seu porto e pelas competições de surf na Praia da Vila, é uma boa surpresa. Bonita, bem cuidada e com hotéis confortáveis, não tem o atrolhos e a poluição de outros "points", mesmo no verão - a badalada Praia do Rosa, ou "o Rosa" para os íntimos, fica no município mas tem vida própria. 
Além disso, de junho a novembro é possível ver as baleias que chegam no inverno para a temporada de acasalamento.


Na praia do Porto, canoas , pequenos barcos  e navios de carga


Praia brava, acessível apenas por uma trilha







A Praia da Vila tem excelente infraestrutura para turistas e moradores.
A qualidade das ondas da baía, devido a uma corrente formada entre duas ilhas, atrai surfistas.




A faixa de areia entre a avenida e a praia é preservada 


Observatório de baleias, com luneta, no Praia Hotel  Imbituba 



As baleias francas, presentes em esculturas, nos postes de iluminação e em objetos de decoração, fazem parte da história de Imbituba:  todos os invernos elas chegam da Antártida para procriar nas águas desta e de outras baías da região. Desde o século XVII eram presas fáceis para os arpoeiros, que depois levavam os corpos para barracões à beira da praia. A carne era cozida para a retirada da gordura - trabalho feito por escravos -, usada na iluminação de cidades, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo, e na construção civil, na produção de argamassa. 
A povoação era chamada de Armação de Imbituba. A matança só diminuiu por causa da redução da demanda da gordura, depois que os Estados Unidos passaram a produzir e exportar querosene, derivada do petróleo, em 1870, e com a descoberta do cimento Portland. Mas continuou até 1973, quando foi fechada a última estação baleeira do continente,  na praia do Porto. Anos mais tarde o barracão, restaurado, foi transformada em Museu da Baleia.
Em 1982, com a criação do Projeto Baleia Franca com o objetivo de coletar informações sobre os hábitos e os ciclos de vida desses mamíferos,  Imbituba passou de pólo exterminador a defensor da sua preservação.



A belíssima igreja matriz foi construída no platô onde está situado o centro da cidade


 Por mais de 200 anos anos o porto de Imbituba foi um entreposto para o embarque de óleo de baleia enviado a São Paulo e Rio de Janeiro. 
Em 1871  uma empresa inglesa construiu o trapiche de 70 metros, com madeira e ferro, para que navios de maior porte pudessem atracar.  Em 1880, com a construção da Ferrovia Tereza Cristina, passou a receber trens carregados de carvão da região de Criciúma. A ferrovia tem este nome em homenagem à esposa do Imperador Pedro II. Começa em Lauro Müller e tem um ramal que se estende para o sul até Araranguá. 
Continuamente ampliado, o porto de Imbituba tem capacidade de receber navios de todos os tamanhos, com seu calado de 12 metros de profundidade. Os molhes entram 850 metros mar adentro, e protegem também as embarcações de pescadores. 


clique sobre as fotos para ampliá-las