Ao inaugurar sua ferragem, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, Sérgio
dizia aos seus clientes que ali não seriam vendidas "porcarias
chinesas". Alguns meses depois ele teria que engolir as suas palavras.
Lâmpadas, ferramentas, aparelhos eletrônicos, quase tudo era Made in
China.
Realizou-se, no século 21, o que os teóricos
norte-americanos da época da Guerra Fria tanto temiam, e que chamavam de
"Perigo Amarelo". Só que os chineses não estão conquistando o mundo
pela ideologia nem pela força das armas, e sim pelo poder econômico e, principalmente, pela
tecnologia.
Assim como nos séculos 19 e 20 a grande maioria das
invenções saía das pranchetas e laboratórios da Europa e dos Estados
Unidos, neste quase tudo é criado na China. Nossas casas estão cheias de
inventos chineses, das lâmpadas led aos split. Marcas como a Midea e a Huawei vão se incorporando ao
nosso dia-a-dia, e até os carros, antes vistos com desconfiança, já são aceitos. Eletrodomésticos brasileiros tradicionais como Brastemp e
Cônsul têm olhinhos puxados e falam mandarim, absorvidas pela gigantesca Whirpool.
A criatividade dos
chineses é espantosa. Há poucos anos, só os ricos ou de classe média
alta podiam ter piscinas. O custo da instalação e da manutenção era
altíssimo. Agora não: um pacote que pode ser carregado debaixo do braço
contém tudo que é necessário para realizar o sonho da família. Basta
escolher o tamanho e levar para casa o kit completo, que inclui o filtro
de água adequado. A preços módicos.
A borda de ar ,como um balão
circular, sustenta a estrutura de plástico, sem a necessidade de
suportes de metal ou madeira. Depois é só encher de água e aproveitar
enquanto faz calor. No fim da temporada, a "piscina" pode ser esvaziada e
guardada até o próximo verão.
Genialmente simples.
Coisa de chinês.
domingo, 20 de janeiro de 2019
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário