Malucos de todos os tipos são fascinados por rádio, tevê e jornal. Fazem qualquer coisa para aparecer.
Os que sabem escrever mandam cartas, e depois que a primeira é publicada passam a entupir as seções de atendimento ao leitor. Há os que querem conhecer os seus ídolos, e às vezes conseguem passar da portaria para importunar os comentaristas e repórteres mais conhecidos.
Os mais perigosos, porém, são aqueles que procuram as redações para darem idéias de grandes reportagens.
Os que sabem escrever mandam cartas, e depois que a primeira é publicada passam a entupir as seções de atendimento ao leitor. Há os que querem conhecer os seus ídolos, e às vezes conseguem passar da portaria para importunar os comentaristas e repórteres mais conhecidos.
Os mais perigosos, porém, são aqueles que procuram as redações para darem idéias de grandes reportagens.
Editores com alguma experiência na profissão distinguem em alguns minutos de conversa que estão lidando com uma pessoa desequilibrada, em busca de notoriedade ou apenas um pouco de atenção. Se a avaliação psicológica falha, uma checagem básica desmonta qualquer tentativa de enganação.
Mesmo assim, de vez em quando algum deles consegue transformar em matérias jornalísticas invencionices como estátuas que vertem lágrimas (ou mel), supostos milagres (e milagreiros) e outras coisas que seriam extraordinárias, com repercussão mundial, se fossem verdadeiras.
Numa manhã de primavera um desses loucos mansos chegou na redação da RBSTV, onde trabalhei nos anos 80, com um assunto sensacional: ele tinha o dom de encantar os animais e pássaros, que obedeciam às suas ordens, transmitidas telepaticamente. Propôs que a tevê gravasse uma apresentação, para que o mundo soubesse de seus poderes mágicos.
Colocando em prática o princípio de que "louco não se contraria, corre junto", combinei com ele que a reportagem seria gravada na manhã do dia seguinte, no minizôo do Parque da Redenção. Os personagens seriam os macacos, as araras e outros bichos enjaulados no local, que ao comando dele fariam acrobacias, dançariam e cantariam.
Não cumpri a minha parte no trato, mesmo correndo o risco de ter perdido a maior reportagem da minha vida.
Mesmo assim, de vez em quando algum deles consegue transformar em matérias jornalísticas invencionices como estátuas que vertem lágrimas (ou mel), supostos milagres (e milagreiros) e outras coisas que seriam extraordinárias, com repercussão mundial, se fossem verdadeiras.
Numa manhã de primavera um desses loucos mansos chegou na redação da RBSTV, onde trabalhei nos anos 80, com um assunto sensacional: ele tinha o dom de encantar os animais e pássaros, que obedeciam às suas ordens, transmitidas telepaticamente. Propôs que a tevê gravasse uma apresentação, para que o mundo soubesse de seus poderes mágicos.
Colocando em prática o princípio de que "louco não se contraria, corre junto", combinei com ele que a reportagem seria gravada na manhã do dia seguinte, no minizôo do Parque da Redenção. Os personagens seriam os macacos, as araras e outros bichos enjaulados no local, que ao comando dele fariam acrobacias, dançariam e cantariam.
Não cumpri a minha parte no trato, mesmo correndo o risco de ter perdido a maior reportagem da minha vida.
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