terça-feira, 7 de junho de 2011

OLYR ZAVASCHI (1941-2011)


Olyr Zavaschi tinha uma qualidade rara em seres humanos e raríssima em jornalistas: nunca se queixava, não colocava nos outros ou no "sistema" a culpa por seus eventuais percalços.
E mais: apesar de sua cultura, competência e dedicação, que o levaram a ocupar os cargos mais importantes do jornal Zero Hora, onde trabalhou por 40 anos, era imune aos pecados da vaidade e da arrogância, tão comuns em qualquer redação.
A afabilidade, o bom humor  e o respeito com que tratava a todos eram uma marca de sua personalidade, destacada com impressionante unanimidade pelos que, como eu, tiveram o privilégio de serem seus amigos e colegas, e agora lamentam a sua morte, aos 69 anos, vítima de câncer no pâncreas. 
A imagem que guardo do Olyr é a da foto acima, baixada do site de Zero Hora.  O sorriso é o mesmo da última vez que o encontrei, acompanhado da mulher, a psiquiatra Lucrécia Zavaschi,  e um grupo de familiares, no restaurante Marambaia, na praia do Imbé, no verão de 2010.
A expressão de um homem tranquilo,  feliz e realizado. Um homem de bem, da paz.

3 comentários:

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  2. Concordo com cada linha que o João e o Clóvis escreveram. Olyr foi uma das primeiras pessoas com as quais trabalhei ao chegar a ZH em julho de 1979. Depois, estivemos juntos no Diário Catarinense. Uma pessoa do BEM. Raras neste nosso meio tão carregado de arrogância e pouca memória...Olyr deixa saudade de coração, não da boca pra fora.

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  3. Comentário enviado por e-mail pelo jornalista João Borges de Souza:

    O perfil que traças da figura do Olyr Zavaschi é perfeito. Ele chegava a ser surpreendente. Com toda sua cultura e competência tinha a rara qualidade de ouvir opiniões mesmo quando os fatos apontavam para o caminho que ele já conhecia e para o qual tinha a decisão certa. Foi assim durante o período de transição da redação da Zero Hora para o sistema de informática, para o qual se preparou nos Estados Unidos, da mesma forma que foi assim durante a criação da Agência RBS de Notícias, em fevereiroi de 1994, da qual foi o primeiro Gerente Geral. Trabalhei com o OLyr durante mais de três anos na Agência. Como já ocorrera na informatização da redação da Zero Hora, tratava-se de algo novo, de começar do zero. E coube ao Olyr administrar os complexos prolblemas que foram surgindo, como a criação de um software próprio que interligasse os veículos do grupo RBS com a Agência, tarefa que ficou a cargo de uma equipe do setor de informática do Grupo RBS. No comando da Agência Olyr contava como a minha assessoria como gerente editorial, de Vania Weber, gerente operacional e de Luiz Cláudio Cunha, da Sucursal de Brasília. Olyr deixou a Agência RBS, depois de três anos, para trabalhar na área de opinião de Zero Hora. Em 2001, ao completar 60 anos, Olyr Zavaschi me surpreendeu e certamente a muitos de seus amigos com uma decisão de caráter pessoal, da qual tomei conhecimento ao encontrá-lo numa visita ao jornal um mês antes (eu deixara a empresa quatro anos antes): estava concluindo os preparativos para percorrer o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. E o fez com todo o sucesso, no tempo previsto, vencendo todos os percalços da complexa caminhada.

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